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domingo, 17 de novembro de 2013

Lula telefona para Dirceu e Genoíno

Imagem: Jornal e Estado de São Paulo/SP
Desfecho do mensalão é a pá de cal na imagem do 
PT idealista

Brasília (AE) - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva telefonou ontem para o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e para o ex-presidente do PT José Genoino logo após saber da expedição dos mandados de prisão contra os dois ex-dirigentes do partido, ambos condenados no processo do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal. “Estamos juntos”, disse Lula aos antigos companheiros. Apesar de manifestar solidariedade aos petistas que tiveram ordem de prisão decretada ontem, a estratégia acertada entre Lula e a presidente Dilma Rousseff para não prolongar o desgaste é a lei do silêncio sobre os desdobramentos do mensalão e a condenação e prisão dos ex-dirigentes petistas. “Nós temos um acordo de não falar sobre esse assunto”, admitiu o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho. 
Nos bastidores, Dilma e Lula avaliam que, como não há chances de reversão da sentença que condenou os petistas, o desfecho mais favorável para o governo foi mesmo a execução imediata das penas. Por um motivo: Dilma é candidata ao segundo mandato e tudo o que o PT não queria era a prisão dos condenados em 2014, um ano eleitoral.
Depois de prometer “desmontar a farsa do mensalão”, Lula agiu internamente para enterrar o assunto e virar a página da crise que atingiu o primeiro mandato de seu governo. No ano passado, a cúpula do PT e a CUT chegaram a planejar um desagravo público aos réus e até mesmo um manifesto com críticas contundentes ao Supremo Tribunal Federal, mas Lula e o governo desautorizaram a iniciativa. Venceu o argumento de que era melhor não amplificar o desgaste. 
O máximo que o comando do PT fez foi aprovar um documento considerando o julgamento injusto e nitidamente político, termos repetidos em nota assinada pelo presidente do partido, deputado estadual Rui Falcão.
A falta de uma defesa contundente por parte da cúpula petista, em nome do pragmatismo eleitoral, contrariou não apenas Dirceu e Genoino, mas também o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e o deputado João Paulo Cunha (SP), ex-presidente da Câmara

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