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sábado, 31 de março de 2012

Prefeitos e ex-prefeitos desviam mais de R$ 7 milhões do Fundef.

Carlos Thompson: Jugou
   quanto processos
Mais de R$ 7 milhões do Fundo de Manutenção do Ensino Fundamental e Valorização do Magistério - Fundef foram desviados de sua finalidade pelos prefeitos e ex-prefeitos de Jandaíra, Silvano Pinheiro da Câmara; Lagoa Salgada, Francisco Canindé Freire; Ouro Branco, Nilton Medeiros; Riacho da Cruz, Maria Bernadete Nunes Rego Gomes; Monte das Gameleiras, Macaíba; Fernando Cunha Lima Bezerra; Ielmo Marinho, Hostilio José de Lara Medina; Lajes, Benes Leocádio; e Goianinha, Wilton Gomes Machado.

Os desvios dos recursos do Fundef foram constatados pela Primeira Câmara de Contas do TCE que, além de condenar os gestores ao ressarcimentos dos recuros desviados, encaminhou os processos ao Ministério Público Estadual para que tome as medidas penais cabíveis. Só um dos conselheiros, Carlos Thompson, julgou quatro processos. 


O ex-prefeitos de Jandaíra, por exemplo, terá de ressarcir integralmente R$ 520.846,19 aos cofres públicos. Outro gestor, o da prefeitura de Lagoa Salgada, Francisco Canindé Freire, foi condenado a ressarcir o erário em R$ 684.522,37. 


Ao atual gestor de Macaíba o voto dos conselheiros foi pelo "remanejamento, no prazo de 30 dias, de R$ 338.889,83, correspondente a soma da quantia paga aos professores não vinculados ao ensino fundamental e das despesas de exercícios anteriores e restos a pagar e apresentação, no prazo de 30 dias, do plano de aplicação do valor não utilizado na remuneração do magistério, totalizando R$ 713.100,47, referente aos exercícios de 2001 a 2003 e cujo pagamento deve ser efetuado aos professores em trinta dias." Os outros gestores também foram condenados a devolver dinheiro aos cofres públicos. (Diário de Natal).http://www.tce.rn.gov.br/ 

DESTINO TRAÇADO.

A declaração do advogado Antonio Carlos de Almeida Castro de que do ponto de vista jurídico “o jogo começa agora” denota que do ponto de vista político o destino do senador Demóstenes Torres já está traçado: a vida pública do senador eleito por Goiás está muito perto do fim.
Se não interromper o processo – com um pedido de licença ou renúncia, por exemplo – o julgamento político de Demóstenes tem destino traçado. Para o Senado, por exemplo, ele já é passível de perda do mandato porque, da Tribuna, há três semanas, ele disse que não conhecia de perto os negócios de Cachoeira. Mas, os diálogos captados pela Polícia Federal revelam o contrário: que Demóstenes conhecia e até tentava ajudar o amigo em seus negócios. Ou seja, ele teria mentido perante a Casa, o que já é razão para a perda do mandato pelas regras do parlamento.
O caso surpreende porque , ao longo dos últimos anos, Demóstenes foi uma espécie de xerife da Casa. Foi quem inquiriu Renan Calheiros e cobrou explicações de José Sarney em escândalos recentes. Em seu partido, o DEM, foi ao lado de Ronaldo Caiado quem defendeu a expulsão sumária de José Roberto Arruda. Agora, ele foi obrigado a ouvir do mesmo Ronaldo Caiado o conselho para deixar o partido porque não teria como se defender diante das evidências de seu envolvimento com um empresário de jogos ilegais.
O fim de semana será de decisão para Demóstenes Torres. Ele terá de tomar adotar uma estratégia política antes de terça-feira porque seu partido, o DEM, vai se reunir no começo da semana que vem para tomar uma providência: se não pedir para sair, ele poderá ser expulso. Na hipótese, cada vez mais remota, de ele conseguir preservar o mandato de um julgamento político (ele ainda tem quase sete anos de mandato) Demóstenes jamais será o mesmo. Na política, será um “morto-vivo”. Fonte: Cristina Lobo

Assessoria diz que empresário não incrimina Agripino

Agripino Maia é acusado de ter recebido R$ 1 milhão para a campanha de 2010 no RN. O senador, que desde terça-feira (27) é o líder do partido no Senado, nega veementemente a denúncia
Do portal UOL
Em nota encaminhada ao portal UOL, a assessoria do senador José Agripino Maia (DEM) informou que “de acordo com o advogado criminal José Luiz Carlos de Lima, o empresário Gilmar da Montana, seu cliente, desmentiu o depoimento no qual fez referência à suposta doação à campanha de José Agripino.”
Segundo a nota, “o advogado informou que o empresário fez as primeiras afirmações sob efeitos de medicamentos, sem estar acompanhado de um advogado criminal e logo depois de ser preso, o que prejudicou e distorceu o teor das declarações. Segundo José Luiz Carlos de Lima, nos depoimentos seguintes e na defesa preliminar remetida à Justiça, Gilmar negou peremptoriamente ter informação sobre doação para campanha.”
A assessoria ainda afirmou que no depoimento vazado, “Gilmar da Montana não acusou diretamente José Agripino ou qualquer pessoa. Apenas disse que tinha ouvido dizer de outro empresário que esse teria feito doações. Ou seja, em nenhum momento o empresário foi testemunha do que acusou e depois se desmentiu.”Veja na íntegra, AQUI, matéria veiculada pelo UOL sobre esse assunto.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Diário detalha as fraudes e nomes de desembargadores

Isaac LiraRicardo Araújo e Júlio Pinheiro - repórteres
A expectativa do Ministério Público Estadual é que Carla Ubarana confirme hoje, em depoimento prestado à Justiça, os detalhes do esquema de fraudes na divisão de precatórios do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, citando os beneficiários, o papel de cada um no esquema de desvios, como eram feitos saques irregulares, como era a "lavagem" do dinheiro desviado e a distribuição final dos recursos obtidos com as fraudes. Boa parte dessas informações constituem o conteúdo de um diário mantido pela ex-chefe da Divisão de Precatórios do TJRN. A TRIBUNA DO NORTE teve acesso ao diário. Além de detalhar o esquema de fraudes, Carla cita desembargadores, juizes e detalha as condições das negociações para colaborar com o MPE em anotações para uso próprio e em troca de informações com o marido, George Leal, também acusado e preso.
Alex RégisA casa de Petrópolis, onde o casal cumpre prisão domiciliar, é um dos bens listados por Carla em carta ao marido, George, na prisão
A casa de Petrópolis, onde o casal cumpre prisão domiciliar, é um dos bens listados por Carla em carta ao marido, George, na prisão



Os "diários da prisão" de Carla Ubarana não constituem uma narrativa linear. Ao longo de 23 páginas ela faz considerações sobre seis desembargadores do TJRN, algumas bastantes fortes e relacionadas a pagamentos com recursos desviados dos precatórios. É o caso dos desembargadores Osvaldo Cruz - "O presidente Osvaldo assinava cheque, nos depositávamos em nossa conta, sacava e depois  : (sinal de divisão)" -  e Rafael Godeiro - "Rafael Godeiro ciente de como funcionava, recebia o dele em mãos após sacar em guias todas assinadas por Rafael Godeiro e João Cabral (sec)".

Nos "diários", Carla Ubarana faz longas anotações sobre a desembargadora Judite Nunes, atual presidente do TJRN, afirmando que ela não foi desonesta, mas omissa. "Houve omissão de Judite nas guias que ela mandava assinar em branco p/ "quando" fosse necessário" - anotou Carla.

O esquema da fraude é revelado nos "diários" de Carla com uma clareza desconcertante pela "simplicidade" com que as fraudes eram operadas. Na definição da própria Carla: "o que fazíamos era comprar e vender. Mais ou menos em janeiro, (palavra ininteligível) eu sabia q o dinheiro do estado ia começar a em junho então seguindo a ordem cronológica por ex. o 1º valia 140.000, oferecíamos por este em jan. 40 mil e em julho a planilha normal de 140; 100 seria o ganho liquido."

Pela primeira vez se tem notícia do papel da empresa Gles Empreendimentos, de propriedade de George Leal, marido de Carla, na operacionalização dos desvios. A Gles era quem "comprava" os precatórios antes da data de pagamento real, disponibilizando a quantia necessária para a oferta menor aos beneficiários. Do valor real pago, depois, a Gles era reembolsada pelo investimento feito. A diferença, dividida entre os laranjas e os outros envolvidos no esquema das fraudes. Para acelerar o processo, o dono do precatório aceitava a proposta, provavelmente pensando se tratar de uma negociação oficial. Não era. 

Além das "compras" antecipadas de precatórios por valores mais baixos, o esquema também funcionava com outros tipos de fraudes. Nos "diários" existem anotações de Carla sobre a participação de juizes do interior e de advogados. Nenhum desses é nomeado por ela que, em determinados trechos afirma: "juízes mandavam o mesmo precatório 2 3 x para pagar" - "advogado cobrava 2 x o mesmo e confirmava q ñ tinha recebido".  

Também há referências sobre a quebra na ordem de pagamentos dos precatórios, fixada em uma lista única desde a unificação dos pagamentos que eram feitos pela Justiça do Trabalho e pela Justiça Federal. Está nos "diários": Quebra ordem: juizes pagando no interior sem observar ordem, juizes pagando no interior de forma parcial sendo todo o crédito do autor", seguida da observação que "presidente foram informados". 

Em muitos trechos, o diário traz referências em símbolos, como o de divisão, e também abreviaturas de nomes como "mandado de segurança", "desembargadores", etc. e erros gramaticais.

Como publicado ontem pela TRIBUNA DO NORTE, Ubarana admite ter ficado com algo entre 20% e 30% dos desvios. O resto foi para os outros beneficiados. O casal diz ter embolsado cerca de R$ 6 milhões - há notícias de que o valor seria maior - o que resultaria em algo entre R$ 20 milhões e R$ 30 milhões desviados.

Judite Nunes é citada por "negligência"

 A atual presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, desembargadora Judite Nunes, é citada em diversos trechos dos manuscritos de Carla Ubarana. Em nenhum momento a magistrada é mencionada como operadora, beneficiária ou conivente com o esquema fraudulento na Divisão de Precatórios do TJ. A ex-chefe do setor afirma que o problema da presidente do TJ era falta de competência e de omissão.

Um fato relacionado a 12 processos do Tribunal Regional do Trabalho é o foco da mais extensa dessas anotações, nas quais a ex-chefe da Divisão de Precatórios acusa a presidente do TJ de ser "omissa" e "negligente". Textualmente, Carla afirma "Negligente quanto aos 12 processos do TRT. 1 ano se passou e ela nunca atendeu o presidente p/ lhe dar respostas ou tomar atitudes com relação aos ofic. recebidos do TRT".

Em 4 de fevereiro deste ano, participaram de uma reunião o presidente do TRT, Ronaldo Medeiros, o procurador-geral do Estado, Miguel Josino, e a secretária-adjunta de Planejamento, Vera Guedes, que compararam informações e chegaram à conclusão de que o TJ deixou de repassar R$ 2,5 milhões para o pagamento de precatórios prioritários para o TRT em 2011. As informações seriam repassadas a Judite Nunes. Nos manuscritos, contudo, Carla Ubarana não mencionou valores e se os recursos não pagos eram referentes aos mesmos processos a que ela se referiu.

Em outro trecho dos "diários", Carla afirma que a presidente atual do TJRN sabia das "guias em branco". Segundo a comissão interna do tribunal, essa foi a modalidade usada para desviar recursos dos quatros processos de precatórios fraudados que primeiro foram identificados no curso das investigações.

"Tinha compelta ciência das guias ass em branco", anota Carla em um espaço circulado e assinalado como "10 Des Judith". Neste mesmo espaço estão anotações sobre a ordem para arquivar um processo do "sindicato de Fábio Holanda".  Em outro trecho, há anotações sobre "o processo do sobrinho da presidente Judite Nunes encontra-se parado". 

Negociação não contava com PGE

Uma das citações do diário de Carla Ubarana evidencia o procedimento de não contar com a Procuradoria-geral do Estado nas negociações para pagamentos de precatórios. Essa informação já havia sido noticiada, com exclusividade, pela TRIBUNA DO NORTE ainda no início das investigações. Miguel Josino, à época, informou que um processo de precatório do Idema foi negociado sem a presença de um procurador. É exatamente isso o     que a ex-chefe do setor de precatórios relata na página quatro do diário.

No trecho referido, Ubarana faz uma coluna com o nome "Audiências". Lá, cita quem costumava estar presente nessas audiências: "Juiz - Ok Parte - Ok PGE - Não PGM - Ia ok PJ - Ok", mostra o diário de Carla. As negociações são um passo comum em qualquer processo de precatório. Só depois de esgotada qualquer possibilidade de diminuição do tempo de espera para pagamento e do valor é que o processo segue para pagamento. Contudo, segundo Miguel Josino declarou à época, a presença de um procurador do Estado é indispensável. 

Um acordo para pagamento de precatório realizado entre os servidores do Idema e o Estado do Rio Grande do Norte chamou a atenção da Procuradoria-geral do Estado em fevereiro. Os procuradores iniciaram à época uma checagem dos pagamentos feitos pelo Governo no período de 2007 a 2011. O acordo de cerca de R$ 6 milhões foi realizado sem a participação da Procuradoria. Como o processo rotineiro de acordo para pagamento de precatório conta com a intermediação de um procurador do Estado, Josino classificou o procedimento como "irregular".

Em novembro do ano passado,  a chefe da Divisão de Precatórios do TJ/RN, Carla Ubarana, de acordo com a checagem feita pela equipe da Procuradoria, chamou representantes do Idema para uma audiência de negociação. Um assessor jurídico do Idema foi o responsável por acompanhar a audiência, ao invés de haver a participação de nenhum procurador do Estado no processo.  O Idema não tem autonomia para negociar pagamento de precatórios.

"A Procuradoria não teve conhecimento do processo de negociação. Por isso, esse precatório será analisado com mais cuidado. Precisamos saber o que aconteceu para que o procedimento comum não fosse seguido", diz Miguel Josino, que analisou pessoalmente o procedimento sob suspeita, mas não conseguiu identificar nenhum fraude. As novas informações sobre como a fraude era realizada pode modificar a avaliação do processo.

Delação foi pactuada por cartas

Delação premiada foi discutida entre George Leal e Carla Ubarana através de cartas que os dois trocaram dentro da prisão. Os manuscritos informam quais os pedidos que o casal poderia fazer ao Ministério Público e também o que poderia ser oferecido em troca do benecífio da delação premiada. 

A lei brasileira permite que membros de esquema de corrupção sejam beneficiados com a diminuição da pena ou até o perdão judicial caso concordem em colaborar com as investigações e a reaver o que for possível dos recursos desviados, no caso de crimes contra a ordem tributária. Para que sejam beneficiados, os envolvidos precisam dar informações relevantes sobre o caso e o Ministério Público, se entender que os esclarecimentos tiveram importância decisiva na investigação, solicita ao juiz a redução da pena ou até o perdão judicial. Foi a partir disso que Carla Ubarana e George Leal decidiram buscar a alternativa.

Em cartas trocadas durante o período em que estiveram encarcerados, os dois discutiram qual a melhor linha de defesa a ser definida. Em trechos iniciais dos manuscritos, Carla Ubarana lembrava da importância em reafirmar que os bens do casal estavam declarados por George Leal através do imposto de renda. Na mesma folha, ela questionava quais os benefícios que poderiam ter caso entregassem o esquema fraudulento. "Podíamos negociar junto ao MP como tudo era feito? Quais seriam as e as desvantagens? Seria bom fazer?"

Porém, antes de se aprofundar no possível acerto de cooperação, Carla Ubarana também levantou a hipótese de utilizar outros meios jurídicos para o relaxamento da prisão. A fiança foi cogitada, citando os artigos do Código de Processo Penal que poderiam ser utilizados como argumento para a soltura. "Art 333 CPP fiança? 325 só ñ é concedida qdo arti. 323". O artigo 333 do Código do Processo Penal trata sobre os casos em que é possível a aplicação de fiança, o artigo 325 fala sobre valores relacionados à pena máxima do crime do denunciado e o artigo 323 explica em quais casos não poderia haver o benefício da fiança.

Na mesma folha escrito por Carla Ubarana, ela também levantou a hipóstese de que um habeas corpus com base em argumentos que iriam desde os problemas de saúde até, mais uma vez, a possibilidade de denunciar os desembargadores supostamente envolvidos no esquema fraudulento. Contudo, em outra folha, Carla Ubarana relata quais as garantias que queria para fazer a delação premiada, entre elas o pedido de que os desembargadores fossem punidos. "1º Liberdade (responder em liberdade). 2º Perdão judicial. 3º Segurança de vida. 4º vão punir ainda q sejam des".

No dia 20 de março, Carla Ubarana e George Leal foram para casa, recebendo o direito à prisão domiciliar. O Ministério Público Estadual confirmou, através da assessoria de imprensa, a celebração do acordo para delação premiada.

Advogados afirmam não conhecer diário

 Os advogados Marcos Aurélio Santiago Braga e José Maria Rodrigues Bezerra, defensores de Carla Ubarana e George Leal, estiveram ontem à tarde na sede da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público. Após uma breve conversa com o promotor Flávio Pontes, eles deixaram o prédio negando conhecer o conteúdo do "diário" de Carla Ubarana, além das folhas avulsas com escritos dela e do marido George Leal, supostamente confeccionados enquanto ambos estiveram albergados no sistema prisional comum.

 "Nós desconhecemos completamente (o diário)", resumiu o advogado José Maria Rodrigues Bezerra. Evocando o Código de Ética da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), ele se negou a comentar o conteúdo dos textos que haviam sido publicados na internet ao longo do dia de ontem, alegando que a investigação estava em segredo de justiça. Questionado sobre o motivo da ida dos dois defensores do casal à Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, José Maria garantiu que não tinha nenhuma ligação com o casal Ubarana Leal.

 O promotor de Defesa do Patrimônio Público, Flávio Pontes, preferiu não tecer comentários acerca do que havia sido discutido com os defensores do casal Ubarana Leal. Além disso, ele reiterou que qualquer comentário relacionado às publicações do "diário" de Carla Ubarana poderiam prejudicar as investigações em curso e, inclusive, resultar num processo administrativo contra o próprio representante do Ministério Público. Sobre a primeira audiência de instrução marcada para hoje na 7ª Vara Criminal do Fórum Miguel Seabra Fagundes, Pontes disse que ele e mais dois promotores acompanharão os depoimentos. Ele não citou, entretanto, quais eram os outros dois promotores. 

  A diretora do Pavilhão Feminino do Complexo Penal Dr. João Chaves, Dinorá Simas, confirmou que Carla Ubarana passava a maior parte do tempo em que esteve detida na unidade escrevendo em um caderno. Dos 28 dias em que permaneceu recolhida no sistema prisional comum, a servidora do Tribunal de Justiça só saiu da cela para tomar banho de sol com as demais presas. A ex-colega de cela de Ubarana, Lourdes Cañada, confirmou em entrevista à TRIBUNA DO NORTE publicada no dia 25 de março passado, que Carla temia pela própria vida e repassava as informações que tinha em mente para um caderno e folhas de papel ofício.

O que é e como funciona o pagamento de um precatório

1. Quando a Justiça determina o pagamento de uma dívida de algum ente do poder público (municipal, estadual ou federal), as causas de valores "menores" (de até 40 salários mínimos no caso do Governo do Estado) são pagas em até 90 dias. As dívidas de valores mais altos demoram mais.

2. Depois que não cabem mais recursos à sentença que obriga o pagamento da dívida, a Justiça  requer do ente público a inclusão daquele valor no orçamento público. Se essa requisição chegar até o dia 30 de junho do ano corrente, o valor deve ser incluído no orçamento geral do ano seguinte. 

3. Os precatórios acumulados em  anos anteriores entram num regime especial. O poder público tem um prazo de 15 anos para quitá-los sendo obrigado a depositar anualmente 1% das receitas correntes líquidas no caso dos municípios e 1,5% das mesmas receitas no caso dos Estados. 

4. Com a inclusão no orçamento, o poder público deposita o valor a ser pago por precatórios numa conta administrada pela Justiça, que irá gerir o pagamento desses valores. A maior parte dos processos diz respeito a dívidas trabalhistas, por perdas acumuladas e descontos indevidos na folha de pagamento, além de desapropriações de imóveis.

5. O pagamento deve ser feito por ordem cronológica, ou seja, os processos mais antigos precisam ser quitados primeiro. Contudo, há outros critérios. Pessoas com mais de 60 anos de idade ou doença grave, têm preferência. Da mesma forma, precatórios que dizem respeito a salário, aposentadoria, pensão e alimentação, no geral, têm prioridade.

Desembargadores x fraudes

O que Carla Ubarana disse de desembargadores no diário:

Rafael Godeiro:

"Rafael Godeiro, ciente de como funcionava, recebia o dinheiro em mãos após sacar em guias, todas assinadas por Rafael Godeiro e João Cabral (sec), não queriam nem saber quem era o beneficiário o que importava era o fim"

Osvaldo Cruz: 

"O presidente Osvaldo assinava cheque, nós depositávamos em nossa conta, sacava e depois dividia. E os valores foram crescente até porque chegou o dinheiro do RPV e muito dinheiro sem dono"

Judite Nunes: 

"Houve omissão de Judite nas guias. Ela mandava assinar em branco para quando fosse necessário"

Caio Alencar: 

"Des. Caio Alencar - pesos e medidas diferentes" 

Zeneide Bezerra: 

"Esposo da des. Zeneide solicita pagamento do mesmo precatório duas vezes" 

João Rebouças: 

"Quero colocar também a omissão do presidente da Comissão dos Precatórios, des. Rebouças" 

Cronologia

Setembro de 2010

A desembargadora Judite Nunes analisa processos oriundos do Setor de Precatórios e detecta a duplicação de guias de pagamento a credores e a ausência de documentos importantes em determinados processos. 

10 de janeiro de 2012

Judite Nunes exonera Carla de Paiva Ubarana Araújo Leal e nomeia uma Comissão de Sindicância para apurar supostas irregularidades. O decano do TJ, Caio Alencar é nomeado o presidente da Comissão.

21 de janeiro de 2012

O MPE entra na investigação. A presidenta do TJ apresentou à Procuradoria Geral de Justiça e aos promotores de Defesa do Patrimônio Público relatório preliminar dos fatos sob suspeita.

24 de janeiro de 2012

Em nota oficial, o Tribunal de Justiça sinalizou a dimensão da gravidade e a abrangência das fraudes cometidas no setor de  precatórios. Além de admitir "fortes indícios de desvio de recursos", a comissão de sindicância  sugeriu a imediata "judicialização" da investigação.

31 de janeiro de 2012

O MPE, com auxílio dos agentes da Polícia Civil, deflagra a Operação Judas. Seis mandados de prisão, busca e apreensão foram expedidos pelo juiz Armando Ponte, em substituição na 5ª Vara Criminal, contra a servidora do TJ, Carla de Paiva Ubarana Araújo Leal; George Luís de Araújo Leal, esposo de Carla; Cláudia Suely  Silva de Oliveira Costa, funcionária particular de Carla e George; Carlos Eduardo Cabral Palhares de Carvalho, amigo do casal e Carlos Alberto Fasanaro Júnior, amigo do casal. 

03 de Fevereiro de 2012

A Justiça revogou as prisões temporárias de Cláudia Suely e Carlos Eduardo Palhares. 

10 de Fevereiro de 2012

O MPE enviou à Justiça a denúncia referente à Operação Judas. Cinco pessoas foram denunciadas: Carla Ubarana e George Leal, Carlos Eduardo Palhares, Carlos Alberto Fasanaro e Cláudia Sueli Silva. 

26 de Fevereiro de 2012

Comissão da Corregedoria Nacional de Justiça e técnicos do Conselho Nacional de Justiça reestruturam funcionamento do Setor de Precatórios do TJRN.

22 de Março de 2012

Carla Ubarana e George Leal firmaram com o MPE o acordo de "delação premiada", para revelar  detalhes do esquema de desvio de recursos. Com o acordo a prisão preventiva do casal foi convertida em prisão domiciliar.

30 de Março de 2012

A partir das 8h30min desta sexta-feira, o juiz titular da 7ª Vara Criminal, Armando Ponte, ouvirá os cinco suspeitos de participação nos desvios de recursos do TJ. A maior expectativa gira em torno dos depoimentos de Carla e George. Eles poderão detalhar, em juízo, como tudo funcionava e quem estava envolvido no esquema. 

Memória

A partir das 8h30min desta sexta-feira, o juiz titular da 7ª Vara Criminal, Armando Ponte, ouvirá os cinco suspeitos de participação nos desvios de recursos do TJ. A maior expectativa gira em torno dos depoimentos de Carla e George. Eles poderão detalhar, em juízo, como tudo funcionava e quem estava envolvido no esquema.

Além do casal Ubarana, Carlos Eduardo Cabral Palhares de Carvalho, Cláudia Sueli Silva de Oliveira Costa e Carlos Alberto Fasanaro Junior, prestarão depoimento amanhã ao juiz da 7a. Vara Criminal, José Armando Ponte. O magistrado também pretende ouvir nove testemunhas, sendo sete do Ministério Público e duas de defesa. Não será permitida a entrada e o acompanhamento de qualquer pessoa estranha ao processo.

A previsão é que a audiência se prolongue até o final da tarde de hoje. Não sendo possível colher o depoimento de todos, o magistrado marcará uma outra outra audiência para concluir a oitiva. 

SINAL FECHADO: JOSE AGRIPINO ESTA ENROLADO E ACUSADO DE RECEBER R$ 1 MI DE GILMAR DA MONTANA E AGORA JOSE...

A divulgação, ontem, por parte das redes sociais, do termo de interrogatório do empresário Gilmar de Carvalho Lopes, proprietário da Montana Construções, até então mantidas em sigilo, do processo da Operação Sinal Fechado, trouxe novidades para o caso, que foi deflagrado pelo Ministério Público no fim de novembro do ano passado. 
De acordo com o documento, datado de 24 de novembro de 2011, e assinado por Gilmar e pelos promotores de Defesa do Patrimônio Público Eudo Rodrigues Leite e Rodrigo Martins da Câmara, o senador José Agripino Maia, presidente nacional do DEM, teria recebido em seu apartamento do Morro Branco, o advogado George Olímpio, acusado de comandar o esquema de corrupção no programa de inspeção veicular do Detran. Nesse encontro, ainda segundo o termo de interrogatório, estavam presentes Carlos Augusto Rosado, marido da governadora Rosalba Ciarlini, que teria testemunhado o recebimento, por parte do senador,de R$ 1 milhão destinado à campanha eleitoral de 2010.
O nome de José Agripino não constou originalmente da denúncia, porque o Ministério Público não tem competência para investigar o senador. Por isso, o depoimento de Gilmar foi encaminhado à Procuradoria Geral da República, em Brasília. Desde então, as investigações estão a cargo do procurador geral Roberto Gurgel.

Redes sociais

A veracidade do documento, que foi amplamente divulgado durante a manhã de ontem nas redes sociais, foi confirmada pelo Ministério Público Estadual. A assessoria de comunicação do órgão, no entanto, afirmou que não sabe de onde partiu o vazamento do documento. O que não deveria ter acontecido, devido ao segredo de justiça em que corre o processo que teve a denúncia recebia pelo Tribunal de Justiça do RN ainda em dezembro de 2011. A marca de um carimbo do TJRN encontra-se no alto das duas folhas do interrogatório de "Gilmar da Montana", apontando, inclusive, as folhas 22 e 23 do processo a que o documento pertence. Está registradona denúncia oferecida à justiça pelo promotores de defesa do patrimônio público, disponível para consulta no site do TJ, que no seu interrogatório, Gilmar da Montana, assim como está no documento divulgado na internet, teria relatado sobre a distribuição do percentual dos lucros futuros do Consórcio Inspar para os ex-governadores Iberê Ferreira e Wilma de Faria.
Nos registros do processo 0135747-04.2011.8.20.0001 o interrogatório do empresário finaliza neste ponto, pois os tópicos seguintes, de acordo com o termo de interrogatório, tratam da relação entre George Olímpio, José Agripino e Carlos Augusto. Primeiro, Gilmar conta que George teria confessado que, de forma parcelada, entregou R$ 1 milhão em dinheiro "vivo" ao senador democrata e ao marido de Rosalba Ciarlini (DEM) para a campanha eleitoral daquele ano. O acerto teria sido feito no apartamento do senador, no bairro de Morro Branco, Zona Leste de Natal.
No tópico seguinte do documento, Gilmar da Montana conta que em uma conversa com George, ele teria dito para não se preocupar com o cancelamento do contrato de inspeção veicular vencido pelo consórcio comandado pelo advogado, ocorrido no início do governo Rosalba. A razão para a despreocupação de George Olímpio seria o fato de ter "ajudado", como está registrado no interrogatório, tanto "um lado como o outro", citando a suposta doação das cotas do Consórcio Inspar para Wilma e Iberê e o R$ 1 milhão que teria sido entregue para Agripino. Na sequência, segundo Gilmar, as informações eram de que Carlos Augusto Rosado não teria recebido George em reunião para tratar do contrato, nem após o seu intermédio junto ao desembargador Expedito Ferreira para que um encontro pudesse ser marcado entre o marido de Rosalba e o "cabeça" da Inspar. O fato de todas estas informações do interrogatório de Gilmar da Montana terem sido suprimidas da denúncia apresentada pelo MPRN em dezembro do ano passado é justificada pelo envolvimento do nome de José Agripino. Na condição de senador da República, ele não pode ser investigado pelo Ministério Público Estadual. Por esta razão, segundo a assessoria de comunicação do MP, a informação foi enviada à Procuradoria Geral da República, em Brasília. Desde então, as investigações estão a cargo do procurador geral Roberto Gurgel.
Informações sobre supostos contatos e encontro entre George Olímpio e o senador também estão contidas na denúncia do MPRN e divulgadas em novembro. Segundo algumas das interceptações telefônicas transcritas no documento, o advogado entrou em contato tanto com Gilmar da Montana como com João Faustino, tratado no caso como um lobista a serviço do consórcio. De Paulo Nascimento, especial para o Diário de Natal

A GATA DO FINAL DE SEMANA EM MOVIMETO, TARADOS! TA DE MATAR!

Por Bira Viegas


TCE pune ex-prefeitos que desviaram recursos do Fundo da Educação (Fundef)

A sessão da Primeira Câmara de Contas de quinta-feira, 29 de março, foi marcada pelo relato de processos  relacionados a aplicação dos recursos do Fundo de Manutenção do Ensino Fundamental e Valorização do Magistério – Fundef, cujo objetivo é melhorar a qualidade da educação.  Os processos com votos pela irregularidade representaram quantias que superam os R$ 7 milhões, recursos que deveriam ter sido utilizados na função da educação e foram desviados para outras áreas, ou simplesmente não prestaram contas do recurso, como é o caso da prefeitura de Monte das Gameleiras.
            Da pauta do conselheiro Carlos Thompson constaram dois processos referentes a balancetes do Fundef do exercício de 2001. O primeiro da prefeitura de Jandaíra, responsável Silvano Pinheiro da Câmara. O voto foi pela irregularidade, impondo ao responsável o dever de ressarcir integralmente o valor de R$ 520.846,19. O segundo, da prefeitura de Lagoa Salgada, sendo responsável o sr. Francisco Canindé Freire, o voto foi pela devolução de R$ 684.522,37. Ambas as decisões decorrem da omissão do dever de prestar contas. Os processos serão encaminhados para análise pelo Ministério Público Estadual, para as ações penais cabíveis.
O conselheiro Carlos Thompson relatou ainda os seguintes processos: da prefeitura de Ouro Branco, prestação de contas do exercício de 2005, responsável o sr. Nilton Medeiros. O voto foi pela não aprovação, decorrente de impropriedades na prestação de contas, com condenação do ordenador de despesa ao ressarcimento de 36.398,00  e multa de R$ 9.000,00,  em virtude de irregularidades formais em procedimentos licitatórios.
            Da prefeitura de Riacho da Cruz, documentação comprobatória de despesas durante o exercício de 2003, responsável Maria Bernadete Nunes Rego Gomes, O voto foi pela irregularidade das contas, impondo o dever de ressarcir integralmente a quantia de R$ 15.994,52, referente a gastos efetuados com aquisição de medicamentos, desacompanhados de documentos públicos considerados imprescindíveis à comprovação de sua destinação especifica. O voto foi ainda pela representação ao Ministério Público estadual em virtude da possível existência de atos de improbidade administrativa. Release Coordenadoria de Comunicação Social, 30 de março de 2012

Advogado chama atenção para o “semi-barrados” pela Ficha Limpa

Especialista em Direito Eleitoral, o advogado Felipe Cortez foi entrevistado ontem, 29, no “Repórter 98”, para comentar alguns aspectos da Lei da Ficha Limpa nas eleições deste ano.
Cortez lembrou que “os condenados em colegiado estão barrados de serem candidatos e tem também os ‘semi-barrados’, que são aqueles que foram condenados em primeira Instância e aguardam julgamento no Tribunal”.
Segundo ele, mesmo após as convenções, sendo condenados esses “semi-barrados” terão registro de candidato suspensos. E ainda elegendo-se, serão afastados dos cargos.

http://www.robsonpiresxerife.com/blog/notas/precatorios-diario-de-carla-ubarana-destaca-participacao-de-juizes-do-interior/

Além das “compras” antecipadas de precatórios por valores mais baixos, o esquema também funcionava com outros tipos de fraudes. Nos “diários” existem anotações de Carla sobre a participação de juizes do interior e de advogados. Nenhum desses é nomeado por ela que, em determinados trechos afirma: “juízes mandavam o mesmo precatório 2 3 x para pagar” – “advogado cobrava 2 x o mesmo e confirmava q ñ tinha recebido”. 
Também há referências sobre a quebra na ordem de pagamentos dos precatórios, fixada em uma lista única desde a unificação dos pagamentos que eram feitos pela Justiça do Trabalho e pela Justiça Federal. Está nos “diários”: Quebra ordem: juizes pagando no interior sem observar ordem, juizes pagando no interior de forma parcial sendo todo o crédito do autor”, seguida da observação que “presidente foram informados”.

Carla Ubarana detalha esquema dos precatórios

Supostos manuscritos de autoria da ex-chefe do setor de precatórios do Tribunal de Justiça (TJ/RN), Carla Ubarana, mostram que ela teria aproveitado o período que passou reclusa, na cela do CDP na Zona Norte de Natal, para planejar minuciosamente como agiria para encontrar a melhor saída possível para si e seu marido, George Leal, diante do desbaratamento das fraudes no setor de precatórios. Demonstrando racionalidade e certeza de que a delação seria a saída, os apontamentos creditados a ela revelam o passo a passo de como o casal pretendia apontar uma suposta sequência de envolvidos nos desvios.
Em um caderno, Ubarana teria anotado detalhadamente sua estratégia de defesa e quais seriam os termos da delação premiada. As informações de que ela escrevia com constância são confirmadas por sua ex-companheira de cela, Lourdes Cañadas. Mas nem o advogado de Ubarana, Marcos Aurélio Santiago Braga, nem a diretora do presídio onde ela esteve, Dinorah Simas, e nem o Ministério Público confirmam ter conhecimento do teor dos apontamentos, ou ainda se, de fato, são de autoria dela. No entanto, uma fonte do jornal, que pediu anonimato, garante a autenticidade dos escritos.  CLIQUE AQUI para ler a matéria completa

Governadora sanciona lei que garante reajuste dos vencimentos do magistério

A governadora Rosalba Ciarlini sancionou na noite desta quinta-feira (29) a Lei Complementar Nº 465 que reajusta os vencimentos básicos dos cargos públicos de provimento efetivo de Professor e de Especialista de Educação. A publicação da Lei será encartada na edição desta sexta-feira (30) do Diário Oficial do Estado.
O projeto de lei foi votado por unanimidade pela Assembleia Legislativa na tarde desta quinta-feira (29) e estabelece o aumento de 22,22% aos professores e especialistas em Educação da rede estadual de Ensino. A sanção também garante o pagamento do Piso Nacional do Magistério, que entra em vigor com efeitos financeiros retroativos a 1º de março de 2012.
Os professores e especialistas de Educação inativos receberão o aumento salarial de 22,22%, de acordo com o estabelecido no Projeto de Lei Complementar, em quatro parcelas. A 1ª parcela com efeitos financeiros vigorando a partir de 1º de abril de 2012. A 2ª parcela com efeitos financeiros vigorando a partir de 1º de maio. A 3ª parcela com efeitos financeiros vigorando a partir de 1º de junho e a 4ª parcela com efeitos financeiros a partir de 1º de julho de 2012.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Prefeita Micarla de Souza é internada às pressas em hospital da Zona Sul.

 (Carlos Santos/DN/D.A Press)



A prefeita Micarla de Souza foi encaminhada pelo  Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, na manhã desta quinta-feira, 29, para o hospital Promater, na rua São José, Lagoa Nova, após ter desmaiado em sua residência, com suspeita de problemas cardíacos congênitos. 
De acordo com Eugenio Bezerra, secretário adjunto da SEMURB, os dois retornaram de Brasília por volta da meia- noite e Micarla já reclamava de tonturas durante a viagem. 
 Confira a nota de esclarecimento emitada pela prefeitura do Natal:
 Comunicamos que a Senhora prefeita de Natal, jornalista Micarla de Sousa, apresentou, na manhã de hoje, quando se encontrava em sua residência na companhia de assessores, um mal súbito. Foi socorrida para o Hospital Promater onde foi prontamente atendida. De acordo com os médicos que a atenderam, Micarla de Sousa apresentava sintomas de uma crise de labirintite e queda de pressão arterial. Neste momento a prefeita está medicada e em repouso. Seu estado clínico é bom. A indicação médica é de repouso absoluto.
FONTE: DN ONLINE

Secretário estadual de Turismo anuncia saída.

O secretário Ramzi Elali anunciou na manhã desta quinta-feira(29), a saída da pasta na secretaria de Turismo. A informação foi confirmada pelo deputado estadual Walter Alves, líder do PMDB na Assembleia Legislativa.

Alegando incompatibilidade de tempo com atividades particulares e razões pessoais, Ramzi Elali deixa o cargo após ter sido indicado pelo Ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, no início da gestão da governadora Rosalba Ciarlini.
 
Em carta entregue ao Governo, Ramzi Elali agradeceu ao trabalho desenvolvido e afirmou que voltará para iniciativa privada, onde é empresário do ramo hoteleiro.

O ex-secretário ainda destacou que voltará a presidência do Sindicato dos hoteleiros e se colocou a disposição para contribuir com o desenvolvimento do Turismo no Estado.

FONTE: DN ONLINE
*PRECATÓRIOS*
Casal pretende assumir R$ 6 milhões das fraudes.



Depoimento deve confirmar valores.

A apresentação à Justiça do casal Carla Ubarana, George Leal e os três acusados de atuarem como laranjas no esquema de fraudes para desviar recursos dos precatórios que seriam pagos pelo TJRN está marcada para amanhã. A expectativa é que os principais acusados confessem a participação e forneçam detalhes sobre o funcionamento do esquema, mantendo o termo de colaboração assinado com o Ministério Público. O casal estaria disposto a assumir a apropriação de R$ 6 milhões, o correspondente a no máximo "20% de todo o valor desviado".
Carla e George cumprem prisão domiciliar vigiada 24 horas
Carla e George cumprem prisão domiciliar vigiada 24 horas.

"Carla e George estão dispostos a confessar em juízo" a participação que tiveram no esquema de fraudes e desvios de recursos dentro do TJRN, assegurou uma fonte relacionada às famílias dos dois, ouvida pela TRIBUNA DO NORTE. O valor das fraudes que o casal estaria disposto a assumir corresponde à avaliação aproximada dos bens que deverão ser seqüestrados pela Justiça (carros de luxo e a mansão na praia). Um cálculo simples também mostra que sendo R$ 6 milhões apenas 20% do valor desviado, o valor total das fraudes seria de R$ 30 milhões.
Na comissão interna do TJRN que vem revisando os processos de precatórios desde a nomeação de Carla Ubarana para chefiar o setor, em 2009, não arriscam informar um valor aproximado para os desvios nem confirmam o cálculo dos R$ 30 milhões. "Carla já confidenciou que os outros R$ 24 milhões foram rateados com os laranjas e cabeças do esquema", disse a mesma fonte ao jornal. No Ministério Público, nenhum promotor aceitou falar, ontem, sobre assuntos relacionados a investigações dos precatórios. O advogado de defesa do casal, Marcos Braga, se negou a confirmar qualquer informação sobre esse caso. 
Um outro aspecto apurado  é que a  demora na assinatura do termo de colaboração com as investigações para o empresário George Leal e a proximidade do  dia em que terá que depor perante a Justiça (amanhã) está afetando de forma negativa o estado de ânimo e a disposição de Carla Ubarana.

"Ela (Carla) está uma pilha de nervos, sob efeito de remédios e chegou a passar mal uma madrugada dessas", revelou a mesma fonte. Até ontem não havia confirmação de que os promotores de Defesa do Patrimônio Público que conduzem as investigações haviam apresentado ao empresário George Leal o termo de colaboração para assinatura. 
George Leal já teria contado aos promotores como atuava, através de empresas que abriu e com a colaboração de amigos e empregados domésticos, para facilitar o desvio e os saques dos recursos destinados ao pagamento de precatórios. Essas informações serviram de base para o novo pedido de quebra de sigilo, apresentando pelo Ministério Público à Justiça e deferido na última terça-feira (27) pelo juiz Ivanaldo Bezerra, da 8ª Vara Criminal de Natal.

Depoimentos estão marcados para amanhã

Os denunciados na Operação Judas, George Luis de Araújo Leal, Carla de Paiva Ubarana Araújo Leal, Carlos Eduardo Cabral Palhares de Carvalho, Cláudia Sueli Silva de Oliveira Costa e Carlos Alberto Fasanaro Junior, prestarão depoimento amanhã ao juiz da 7a. Vara Criminal, José Armando Ponte. O magistrado também pretende ouvir 11 testemunhas, sendo nove do Ministério Público e duas de defesa. Não será permitida a entrada e o acompanhamento de qualquer pessoa estranha ao processo.
O motivo alegado pelo magistrado é o espaço da sala de audiências, insuficiente para receber muitas pessoas. "São cinco réus, cada um deve trazer, pelo menos, um advogado; mais os policiais que vão escoltar os réus presos - dos cotados apenas Cláudia Sueli está em liberdade - três promotores do Ministério Público Estadual, as 11 testemunhas, o juiz e o escrivão. Não há estrutura para que outras pessoas fiquem na sala de audiências que comporta, confortavelmente, cerca de dez pessoas", explicou o juiz José Armando Ponte Dias Junior.

O magistrado pretende ouvir todos os intimados. A previsão é que a audiência se prolongue até o final da tarde da sexta-feira. Não sendo possível colher o depoimento de todos, o magistrado marcará uma outra outra audiência para concluir a oitiva.
O compromisso de Carla é esclarecer fraudes no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, relativas à Operação Judas, realizada no último dia 31 de janeiro. Segundo informações do TJ, as fraudes abrangem o período de 2009 a 2011. Desde a terça-feira da semana passada, Carla Ubarana e George Leal estão em casa, depois de conseguirem a conversão da prisão preventiva em prisão domiciliar através de delação premiada.

FONTE: TRIBUNA DO NORTE