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quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

RN procura chefes de facções antes de tentar retomar controle de Alcaçuz Secretário disse que não permitiria mais confrontos entre criminosos. Penitenciária da Grande Natal foi palco de matança no fim de semana

PM e GOE entraram na unidade prisional nesta segunda para tentar retomar o controle (Foto: Josemar Gonçalves/Reuters)
A Secretaria de Segurança Pública e Defesa do Rio Grande do Norte (Sesed) manteve contato com líderes de facções criminosas para tentar retomar nesta semana o controle da penitenciária estadual de Alcaçuz, na Grande Natal. O presídio, o maior do Estado, foi palco da matança de pelo menos 26 detentos no fim de semana. O secretário da Sesed, Caio Bezerra, disse que as facções foram informadas que a polícia não iria mais permitir confrontos entre criminosos.
Uma delegada de Polícia Civil e um oficial da Polícia Militar comandam as conversas com criminosos. O objetivo é evitar que haja novos confrontos entre os integrantes das facções. "Nós os procuramos e dissemos que os conflitos tinham que parar, que não iríamos mais permitir confrao Departamento Penitenciário Federal (Depen) a solicitação de transferência desses criminosos e de outros 13.
Os integrantes do PCC ocupam o presídio Rogério Coutinho Madruga, conhecido como pavilhão 5 de Alcaçuz. Dos outros quatro pavilhões de Alcaçuz, três abrigam integrantes do Sindicato do RN, facção criminosa que rivaliza com o PCC pelo comando de unidades prisionais e, principalmente, o tráfico de drogas no Estado. A delegada e o PM conversam com os chefes das duas facções.
A negociação com presos por parte da PM começou na segunda-feira (16), quando homens do Batalhão de Choque entraram em Alcaçuz e debelaram, por algumas horas, a rebelião iniciada na tarde do sábado (14).
Na terça (17), uma reunião entre Bezerra, da Segurança Pública, o secretário de Justiça e Cidadania (Sejuc), Wallber Virgolino, e outros integrantes do setor de inteligência do governo do estado decidiu que as negociações serão encabeçadas pelos dois policiais designados.
Na rebelião iniciada no sábado, celas e salas do Rogério Coutinho – uma das poucas unidades prisionais do RN que ainda estava em perfeito funcionamento – foram destruídas. Em Alcaçuz, essa destruição aconteceu em março de 2015 e desde então o presídio não tem grades nas celas. Os presos passam os dias soltos pelos pavilhões e pátios.ontos dentro de Alcaçuz", disse Caio Bezerra.
"Sabíamos que existia dois grandes túneis nos pavilhões 1 e 2 do presídio e que havia possibilidade de fuga, que acabou evitada. Também definimos o método das transferências que foram realizadas nesta quarta", completou o secretário.
Os policiais negociadores querem saber quais são os pedidos dos presos e avaliar a possibilidade de atendê-los. Um dos pedidos já é conhecido: os cinco detentos identificados como chefes do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa paulista com ramificação em vários estados, querem ser transferidos para alguma penitenciária federal. O governo do estado já enviou 

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