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sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Forças Armadas podem ficar mais tempo no Estado

O governador Robinson Faria quer que as tropas federais permaneçam em operação no Rio Grande do Norte além do prazo inicial de 15 dias estabelecido pelo Ministério da Defesa. Durante entrevista coletiva realizada na manhã de ontem, no 16° Batalhão de Infantaria Motorizada, no Tirol, zona Leste de Natal, Robinson solicitou ao ministro da Defesa, Raul Jungmann, para que o contrato de permanência dos militares no estado seja prorrogado até que sejam implantados os bloqueadores de celular nas principais unidades prisionais potiguares.
 
A expectativa do governador é de que o serviço de implantação dos equipamentos esteja concluído em 30 dias. Dessa forma, a permanência das Forças Armadas seria estendida até meados de setembro. Robinson Faria acredita que a Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc) possui condições de realizar a instalação dos equipamentos nas penitenciárias dentro do período estabelecido.
 
“Creio que pode ser mais um mês, ou um pouco mais, mas ainda iremos ver isso com mais detalhes. Esse é o tempo que precisamos para instalar os bloqueadores nas principais unidades prisionais do estado”, disse o governador.
 
O evento marcou a formalização da cessão dos 1.200 militares das Forças Armadas para auxiliar as ações de enfrentamento da violência realizadas pelo governo estadual.
 
“Queremos que a cessão das tropas dure o tempo que for necessário, desde que seja possível”, disse Robinson. “Não vamos recuar, apesar das intimidações e não teremos medo do enfrentamento”, avisou o governador.
 
Robinson Faria disse que o estado dispõe dos recursos para alugar os equipamentos e que em reunião com representantes do Ministério Público, Tribunal de Justiça e Tribunal de Contas do Estado pediu a compreensão no sentido de que sejam apressados os procedimentos a fim de que a burocracia não atrase ainda mais a instalação dos equipamentos.
 
O ministro Raul Jungmann, por sua vez, declarou que o papel das tropas federais é assegurar a tranquilidade, sobretudo na capital, a fim de permitir que, com essa cobertura, as forças estaduais possam se dirigir ao interior, onde as ações de violência têm se intensificado.
 
O ministro disse que é possível, sim, estender o prazo de permanência das tropas, mas será necessário, antes de oficializar, estudar a necessidade. Disse ainda que o ministério dispõe de uma tropa de reserva, caso seja necessário ampliar a atuação das equipes.
 
Segundo Jungmann, a função das Forças Armadas será fazer o policiamento ostensivo, em pontos de maior movimento, incluindo locais turísticos, estratégicos, como porto e aeroporto, e as principais vias. “Já há delegacias de prontidão paea receber os presos e darem sequência aos processos, se necessário”, afirmou.
 
O ministro entende que essa cobertura assegurada na capital permitirá que o estado transfira para o interior parte das forças de que dispõe para combater a criminalidade. “Porém, vamos avaliar tudo isso para que essa parceria possa ser efetivada com sucesso”. 

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