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domingo, 29 de novembro de 2015

Governo acredita que deverá gastar mais de R$ 40 milhões em estrutura de presídios

Grades e celas, destruídas em rebeliõesGrades e celas, destruídas em rebeliões
Desde março deste ano, quando eclodiu uma onda de rebeliões na maioria dos presídios do Rio Grande do Norte e que 16 das 33 instituições prisionais do Estado foram destruídas nos motins, o Governo tenta, sem sucesso, reerguer as estruturas dos presídios. Já foram investidos mais de R$ 15 milhões nas reformas dos presídios, no entanto, segundo as direções, não resolveu a precariedade das prisões potiguares.

Em relatório divulgado pela Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc), o Governo ainda vai ter que desembolsar cerca de R$ 30 milhões para que as estruturas possam abrigar com segurança detentos e funcionários.
Após as rebeliões de março passado, quando grades, paredes, cadeados, colchões, dentre outros, foram destruídos pelos presos de 16 unidades prisionais, na capital e no interior, que o Governo tenta reparar os estragos, no entanto, a cada dia outros problemas surgem ainda mais graves.
"Primeiro vieram as rebeliões em março passado, quando a maioria das prisões foi afetada com os motins que duraram 11 dias. Após essa onda, foi iniciado a recuperação em passos lentos, só que alguns meses depois, prisões como o Pereirão de Caicó, a Cadeia Pública de Caraúbas, a Penitenciária de Alcaçuz, dentre outras, sofreram novos levantes e tiveram a estrutura, que já havia sido consertada, destruída novamente", explicou um funcionário da Sejuc, que por questões de perseguição, não pode revelar seu nome.
PEREIRÃO

Entre as prisões que mais sofreram avarias na estrutura está a Penitenciária Estadual Desembargador Antônio da Nóbrega Pereira, o Pereirão da cidade de Caicó, na região do Seridó. Em março, rebeliões foram registradas na unidade, que teve celas e grades destruídas, levando algum tempo para ser restaurada, de forma paliativa.

No início de outubro passado, uma briga entre facções criminosas resultou em uma grande rebelião, onde presos destruíram todas as celas da Ala E, sendo necessária a transferência de 96 detentos, devido não ter como abrigar toda a população carcerária. Ainda hoje a direção prisional sofre com a desestruturação.
A Cadeia Pública Promotor Manoel Alves Neto, de Caraúbas, foi sacudida por dois momentos precários. Hoje a unidade está impedida pela Justiça de receber novos detentos.
Maior prisão do RN é recordista em túneis e fugas
A maior unidade prisional do Rio Grande do Norte, a Penitenciária Estadual de Alcaçuz, no município de Nísia Floresta, vem acumulando fugas e túneis ao longo deste ano. Apesar da direção prisional e da assessoria da Sejuc não ter divulgado os números oficiais, estima-se que cerca de 40 túneis e mais da metade dos presos que fugiram tenha sido registrado em Alcaçuz.
Somente no final da semana passada, quatro túneis e seis fugas foram confirmados pela Coordenadoria Administrativa Penitenciária Estadual (Coape), em Alcaçuz. Os fugitivos foram identificados como Adriano da Conceição, Antônio Fernandes de Oliveira, José Carlos Firmino Varela, Rivanildo Pereira Medeiros, Thiago da Silva Bento e Wilson Rodrigues de Medeiros Filho. http://omossoroense.uol.com.br/
Os presos teriam escapado por um túnel que acabava do lado de fora da unidade prisional. Ao perceberem a fuga, os policiais que ficam nas guaritas atiraram como advertência, porém os presos conseguiram fugir.

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