Sejuc descarta transferir líderes da chacina em Cadeia Pública de Caraúbas
A Secretaria de
Justiça e Cidadania do Rio Grande do Norte (Sejuc), a polícia e a direção da
cadeia pública de Caraúbas, vão abrir procedimentos para apurar as motivações
da chacina que ocorreu nas instalações do presidio, em Caraúbas, na região
Oeste do Estado. Até o final da tarde de segunda-feira (17), ninguém foi
transferido. Segundo a assessoria da Sejuc, a unidade vai estudar se há
viabilidade e necessidade de transferência, uma vez que as unidades prisionais
do estado estão superlotadas.
De acordo com o
coordenador de Administração Penitenciária, Durval Oliveira, por enquanto não
se cogita transferência. “Até momento, estamos avaliando consequências. Como
esse presidio não tem superlotação e outros estão superlotados, vamos avaliar o
que vai ser feito”, explicou.
Presos da Cadeia Pública de Caraúbas foram colocados no pátio após rebelião; ao todo, quatro detentos foram mortos no conflito
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As informações coletadas pela secretaria dão conta de que o motivo para os homicídios tenha sido uma rixa entre detentos de grupos rivais. A Sejuc confirmou que pessoas foram mortas e outras quatro ficaram feridas, estas já foram medicadas e retornaram a cadeia.
Os mortos foram identificados como: Antônio Edigleidson de Souza, o “Ceará”, de 27 anos; Genilson Bezerra de Oliveira, mais conhecido como “Assuzinho” ou “Quinho”, de 36 anos; Gledstone Clementino Araújo, chamado de “Jacaré”, de 36 anos; e João Paulo Silva Dias, o “JP”, de 38 anos Ficaram feridos, Valdecio Henrique da Camera, Francisco John Lennon Sales de Oliveira, Nelson Rodrigues Filho e Alexandre Medeiros Felicio.
Os mortos foram identificados como: Antônio Edigleidson de Souza, o “Ceará”, de 27 anos; Genilson Bezerra de Oliveira, mais conhecido como “Assuzinho” ou “Quinho”, de 36 anos; Gledstone Clementino Araújo, chamado de “Jacaré”, de 36 anos; e João Paulo Silva Dias, o “JP”, de 38 anos Ficaram feridos, Valdecio Henrique da Camera, Francisco John Lennon Sales de Oliveira, Nelson Rodrigues Filho e Alexandre Medeiros Felicio.
Uma equipe da Secretaria, junto com o titular da pasta, Edilson França e Defensoria Pública do Rio Grande do Norte foram ao local para avaliar a situação. De acordo com a Sejuc, algumas grades foram quebradas. O CDP está em reforma como outras 15 unidades prisionais. O serviço de reforma, que hoje passaria pela fase de concretagem de um dos pavilhões foi interrompido em função da rebelião, no entanto, a Sejuc espera que seja retomada amanhã.
Segundo informações do local, um preso que estava na área de triagem foi agredido por dois detentos que pertenciam a uma facção criminosa rival. Como revide, os detentos que pertenciam ao Primeiro Comando da Capital (PCC) invadiram o setor onde estavam os agressores e espancaram ambos até a morte. Em seguida, o grupo ainda foi até outra área e mataram mais dois que supostamente pertenciam ao "Sindicato do RN", outra facção criminosa.
A cadeia pública de Caraúbas tem capacidade para 96 presos, mas o número foi expandido para 152 após um decreto governamental. No momento da chacina, 163 presos estavam na unidade.
O caso
O problema que motivou a morte dos quatro presos começou no sábado. De acordo com a direção da cadeia pública de Caraúbas, um detento estava no setor de triagem enquanto era discutido o local para onde ele seria levado e ficaria custodiado dentro da unidade. No entanto, dois presos que pertenciam a facção criminosa rival o identificaram no setor e o espancaram.
Durante as agressões, o preso teria gritado para chamar a atenção dos demais detentos que estavam em outros setores da unidade e, desse modo, evitar que fosse morto. Agentes penitenciários agiram e evitaram o homicídio, levando o preso que fora agredido para o pavilhão A, onde estavam presos "aliados".
No domingo pela manhã, os presos entraram em contato com o vice-diretor da unidade, André França, cobrando providências. Os presos queriam que os agressores fossem levados para o pavilhão A, onde estavam presos que fazem parte do PCC. No entanto, o pedido foi negado e a direção da unidade se comprometeu a realizar a transferência dos responsáveis pelas agressões.
"Eles disseram que tinham que revidar, que bastava entregar os dois que estavam envolvidos nas agressões, mas não poderíamos concordar com algo desse tipo. Garantimos que os agressores seriam punidos conforme a lei e acreditava que a situação estava normalizada", disse André França.
Contudo, os presos iniciaram de maneira silenciosa o plano para revidar as agressões sofridas por um mebro da facção. Eles serraram grades do portão de saída do pavilhão e, ao serem descobertos, iniciaram o motim, queimando colchões.
"Estávamos tentando retirar presos que trabalham na faxina e na cozinha e eles (a facção) pensaram que estávamos tentando salvar os presos que haviam agredido o companheiro deles. Aí foi quando eles tomaram conta do pavilhão", explicou André França, afirmando que estava somente ele e dois agentes penitenciários no local, além dos dois policiais que atuavam nas guaritas.
Ao saírem do pavilhão, os presos foram até o pavilhão B, quebraram o cadeado do portão e adentraram o local, posicionando colchões nas grades para evitar que os agentes ou policiais observassem o que ocorria dentro da unidade.
Ao encontrarem os supostos responsáveis pelas agressões, os presos espancaram os dois até a morte. Em seguida, o grupo foi até a área chamada de "seguro", onde ficam presos condenados por estupros ou outros crimes que condenados até pelos próprios detentos. Lá, os presos espancaram e mataram mais dois detentos, ficando quatro feridos.
"Foi uma ação de menos de 40 minutos. Quando chegou o reforço de colegas vindo de outras regiões, os próprios presos disseram que não havia necessidade de mais violência porque eles já haviam feito o que queriam e devolveriam o controle do pavilhão", disse André França.
Segundo informações do local, um preso que estava na área de triagem foi agredido por dois detentos que pertenciam a uma facção criminosa rival. Como revide, os detentos que pertenciam ao Primeiro Comando da Capital (PCC) invadiram o setor onde estavam os agressores e espancaram ambos até a morte. Em seguida, o grupo ainda foi até outra área e mataram mais dois que supostamente pertenciam ao "Sindicato do RN", outra facção criminosa.
A cadeia pública de Caraúbas tem capacidade para 96 presos, mas o número foi expandido para 152 após um decreto governamental. No momento da chacina, 163 presos estavam na unidade.
O caso
O problema que motivou a morte dos quatro presos começou no sábado. De acordo com a direção da cadeia pública de Caraúbas, um detento estava no setor de triagem enquanto era discutido o local para onde ele seria levado e ficaria custodiado dentro da unidade. No entanto, dois presos que pertenciam a facção criminosa rival o identificaram no setor e o espancaram.
Durante as agressões, o preso teria gritado para chamar a atenção dos demais detentos que estavam em outros setores da unidade e, desse modo, evitar que fosse morto. Agentes penitenciários agiram e evitaram o homicídio, levando o preso que fora agredido para o pavilhão A, onde estavam presos "aliados".
No domingo pela manhã, os presos entraram em contato com o vice-diretor da unidade, André França, cobrando providências. Os presos queriam que os agressores fossem levados para o pavilhão A, onde estavam presos que fazem parte do PCC. No entanto, o pedido foi negado e a direção da unidade se comprometeu a realizar a transferência dos responsáveis pelas agressões.
"Eles disseram que tinham que revidar, que bastava entregar os dois que estavam envolvidos nas agressões, mas não poderíamos concordar com algo desse tipo. Garantimos que os agressores seriam punidos conforme a lei e acreditava que a situação estava normalizada", disse André França.
Contudo, os presos iniciaram de maneira silenciosa o plano para revidar as agressões sofridas por um mebro da facção. Eles serraram grades do portão de saída do pavilhão e, ao serem descobertos, iniciaram o motim, queimando colchões.
"Estávamos tentando retirar presos que trabalham na faxina e na cozinha e eles (a facção) pensaram que estávamos tentando salvar os presos que haviam agredido o companheiro deles. Aí foi quando eles tomaram conta do pavilhão", explicou André França, afirmando que estava somente ele e dois agentes penitenciários no local, além dos dois policiais que atuavam nas guaritas.
Ao saírem do pavilhão, os presos foram até o pavilhão B, quebraram o cadeado do portão e adentraram o local, posicionando colchões nas grades para evitar que os agentes ou policiais observassem o que ocorria dentro da unidade.
Ao encontrarem os supostos responsáveis pelas agressões, os presos espancaram os dois até a morte. Em seguida, o grupo foi até a área chamada de "seguro", onde ficam presos condenados por estupros ou outros crimes que condenados até pelos próprios detentos. Lá, os presos espancaram e mataram mais dois detentos, ficando quatro feridos.
"Foi uma ação de menos de 40 minutos. Quando chegou o reforço de colegas vindo de outras regiões, os próprios presos disseram que não havia necessidade de mais violência porque eles já haviam feito o que queriam e devolveriam o controle do pavilhão", disse André França.
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