O Batalhão de Choque da Polícia
Militar (BPChoque) encaminhou relatório à Secretaria de Segurança do Estado
(Sesed) tratando sobre a situação de Alcaçuz. Em 11 pontos, o comandante da
unidade, major Cícero Francisco Cardoso, disse que há informações sobre armas
com presos da unidade e que a vigilância externa da unidade não é suficiente
para impedir fugas. O BPChoque sugeriu a construção de uma área de contenção
externa para minimizar as fugas.
Júnior Santos
BPChoque sugeriu a construção de área de contenção externa com guaritas, iluminação, câmeras e alarme
O relatório foi produzido durante uma revista realizada pela BPChoque no presídio, no dia 12 de maio, após a onda de rebeliões que deixou destruída a maioria dos presídios do Rio Grande do Norte. Em Alcaçuz, o fato dos apendos estarem fora das celas, no entendimento do BPChoque, é um dos pontos mais graves para que se consiga manter a segurança no local
"É necessária com urgência a
realização de reformas na estrutura física dos pavilhões de Alcaçuz, pois
somente o emprego do BPChoque e efetivo da polícia Militar na guarda externa
das unidades apenas irá minimizar as fugas, pois elas poderão voltar a ocorrer
a qualquer momento por falta de local apropriado e seguro para manter
encarcerados os apenados que lá se encontram", disse o relatório.
Segundo o levantamento realizado
pelos policiais militares, os presos aproveitam a estrutura frágil do material
utilizado no interior do presídio para escavar pequenos buracos onde são
guardados celulares, drogas, bebida alcoólica, e também estiletes e facas
artesanais. Além disso, a fragilidade do material, somada à falta de
vigilância, também contribui para a escavação de túneis.
"Percebeu-se que a falta de
vigilância nos pavilhões por parte dos agentes penitenciários propicia maior
possibilidade e agilidade na escavação de túneis", avaliou a PM.
Com a falta de estrutura dentro das
unidades e também insuficiência de pessoal, o BPChoque pediu ao Governo do
Estado "cautela e moderação" no emprego do efetivo da PM durante a
situação de crise no sistema prisional. Segundo o comandante do BPChoque, a
atuação da tropa dentro dos presídios precisa ser sempre a "última
alternativa", porque a utilização não solucionará os problemas existentes
e, com os PMs, "poderá trazer consequências de grande repercussão, em casos
de resistência e confronto à entrada do efetivo nos presídios".
Sugestão
Para amenizar o problema, o
BPChoque sugeriu que construída uma segunda área de contenção no entorno da
penitenciária de Alcaçuz, a uma distância de 15 metros da murada. A contenção
poderia ser constituída de alambrado, com iluminação e alarme, e torres de
observação com câmeras de vídeo e monitoramento ligadas ao Ciosp.TRIBUNA DO NORTE
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