De acordo com as investigações, os irmãos caicoenses Henrique José Torres Lopes, conhecido como "Henrique de Barra", e Jorge Eduardo Lopes, conhecido como "Jorge de Barra" seriam as lideranças do grupo, utilizando propriedades rurais para proteger foragidos da Justiça, dando apoio a autores dos crimes, prática reiterativa que ia desde esconderijo a contratação de advogados. Ambos são empresários do ramo de combustíveis e agropecuaristas na região do seridó.
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Dentre os foragidos que estiveram
nas propriedades dos dois, as pessoas de Fernando pereira Soares, preso
recentemente e investigado por quatro homicídios. Carlos Williano da Silva,
conhecido como Sula, que tem mandado de prisão por crimes em Jardim de
Piranhas. Messias Alves Dantas, condenado na Paraíba, e mais recentemente o
grupo teria dado apoio para a fuga de Barto Galeno, foragido de Alcaçuz, e
recapturado ontem em São Paulo.
O empresário Henrique de Barra já
responde por homicídio na Vara Criminal de Macaíba, fato ocorrido em 2005,
quando teria assassinado Robson Mauricio de Oliveira, tendo permanecido período
foragido, conseguindo hábeas corpus no STF para responder em liberdade. Já
Jorge de Barra é investigado pelo homicídio do caicoense Isaac Torres, em 2013
na zona rural de Sao Fernando.
Presos do presídio de Caicó envolvidos no grupo
O nome de batismo da Operação
remete a uma expressão popular, de uso tipicamente sertanejo, referente a
conduta de dar coito, que significa a ação de articular esconderijo, dar apoio
logístico. Em troca, o Coiteiro tinha a seu dispor em suas propriedades rurais,
um grupo de homens temidos e dispostos, advindo dessa relação uma espécie de
comensalismo, tirando o Coiteiro, grande proveito, por imporem tais
colaboradores medo, verdadeiro pavor, efetivo ou potencial, a populares em
geral, e particularmente a devedores de transações privadas, bem como a
possíveis autores de furtos em suas propriedades e até mesmo aos próprios
trabalhadores de tais fazendas.
Tiveram novas prisões decretadas os
já detentos Robson Fabiano Lopes de Araujo e Renato Oliveira dos Santos, os
quais colaboram com os ramos do grupo, por meio de telefones celulares a que
tinham acesso dentro dos presídios. O juiz de Caico determinou o recolhimento
de todos os presos na Operação, no presidio de Nova Cruz, onde dada a
localização da unidade em área rural, não há cobertura de operadoras de
celulares.
Operação prendeu traficantes em várias cidades do Seridó
Na base da organização criminosa há intrincada relação entre pistolagem e o trafico de drogas, dentre outros crimes, ramificado o trafico a partir de Caicó para outras cidades do Seridó.
Em Caicó, a operação prendeu Aldson Vieira de Souza, conhecido como Cascão, e Darlison Lima Queiroz, conhecido como Mancuzinho, que de acordo com as investigações seriam lideranças do trafico, nos bairros Walfredo Gurgel e Paraiba. Em Florânia, foram presas Klebia Monteiro Anulino e Joedson Silva do Nascimento, e em Jardim do Seridó, Regina Maria das Virgens dos Santos e Fernando Cloves de Macedo. Jornal de Fato:
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