Na sessão de homenagem aos 20 anos
do Plano Real, nesta terça-feira (25), no Congresso Nacional, o líder do
Democratas no Senado, José Agripino (RN), disse que o ex-presidente, Fernando
Henrique Cardoso, então ministro da Fazenda na implantação do Plano (1994),
deixou o Brasil com finanças públicas equilibradas e padrão ético respeitável.
“FHC entregou a Presidência da República com as finanças equilibradas, com
projeção de modernidade, padrão ético respeitável e deu um Brasil novo a quem o
sucedeu”, frisou.
Segundo José Agripino, ao contrário
do governo Fernando Henrique Cardoso (1995-1998 /1999-2002), o país enfrenta
hoje um momento crítico, de baixa perspectiva de crescimento. “O Brasil de hoje
é um país com quadro de crescimento de 1.9% do PIB em quatro anos. Somos uma
nação que luta com uma das cargas tributárias mais altas do mundo e com taxas
de juros crescentes já que esse é o único remédio do governo para combater a
inflação, ao invés de cortar gasto público de má qualidade”, criticou.
Agripino lembrou ainda que, durante
os oito anos de governo FHC, representantes de vários ministérios se reuniam
com frequência para debater a economia do país com seriedade e compromisso. “O
grande fator que difere o Brasil de hoje do de 20 anos é que, durante oito anos,
ocorriam as reuniões da Câmara de Política Econômica em que as pessoas
trabalhavam harmonicamente, sem disputar umas com as outras, para derrotar a
inflação”, ressaltou.
De acordo com o senador, as más
escolhas do governo do PT para os rumos da economia nacional fazem com que o
país tenha credibilidade zero no cenário internacional. “Somos um país
incompetitivo, sem infraestrutura, com carga tributária alta e taxas de juros
absurdas. Corremos risco em termos de credibilidade internacional, com investimentos
poucos e lentos”, afirmou o senador.
Estiveram presentes na sessão de
homenagem o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso; o ex-presidente do Banco
Central, Gustavo Franco; o ex-presidente do BNDES, Edmar Bacha, e deputados que
participaram da articulação política na época do Plano Real. “Tenho um ditado
que anda comigo: ‘cesteiro que faz um cesto faz um cento’. E, no caso do
Brasil, quem combateu a inflação foi essa equipe que está aqui. Quero dizer que
estamos vivos, de pé, prontos para luta”.
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