O brasileiro corrupto, na sua maioria o é por uma questão de cultura.
Todo povo carrega em sua cultura peculiaridades que lhes são marcantes.
Infelizmente nosso país carrega em seus ensinamentos naturais de berço a marca
da corrupção e da marginalidade.
Nosso povo é formado de brancos, negros e índios.
Os brancos em sua maioria foram na época da colonização os enviados de Portugal
para povoar a terra diante do receio de perderem o domínio e não ser possível
explorar suas riquezas. Assim foi enviada para o Brasil a escória de Portugal,
representada por bandidos, prisioneiros condenados, ladrões, assassinos,
prostitutas e toda espécie de gente renegada pela sociedade portuguesa.
Os negros, por terem sido subjugados na escravidão e tratados como sub-raça
humana aprenderam a se defender com muita garra, porém não havia exemplos de
dignidade que pudessem seguir a não ser os de suas tribos de origem que ficaram
na memória dos primeiros que aqui chegaram. Assim tornaram-se naturalmente
corruptos como os brancos.
Os índios, os mais indefesos, sempre minoria, acabaram por perder a sua
identidade. Uma pequena porção deles ainda hoje luta para manter sua cultura de
origem. Porém, a maior parte desfaleceu, desanimou, baixou as machadinhas e se
corrompeu.
Na mistura dessas três raças, que é o principal cruzamento genético brasileiro,
não houve escapatória.
O povo brasileiro aprendeu a se aproveitar maliciosamente de tudo nesta vida.
O Brasil tem apenas 500 anos... dessa mistura de raças a que mais tarde
acresceu-se outras culturas, advindas de imigrações européias e orientais,
resultou um povo alegre, fascinante, de uma beleza que lhe é peculiar e
esplendorosa. Porém facilmente assediável pelo vício da corrupção,
desonestidade e alienação. O povo brasileiro não se importa com muita coisa.
Não se permite ter memória para se defender do mal e se deixa levar facilmente
por falsas promessas. É o povo que mais cai no conto do vigário. Porque é de
boa-fé e não rancoroso.
Defeitos e virtudes à parte, penso que o nosso povo que aí está adulto,
dificilmente mudará o seu jeito. Se há uma saída esta e encontra a partir da
educação de nossas crianças. Os pais, e os mestres, o governo e as ONGs, todos
num esforço de propósito precisamos investir nas crianças brasileiras, para
ensiná-las e nos esforçar para não sermos maus exemplos a serem seguidos. Não
se muda a cultura de um povo se não mexer na educação. Tarefa dura e de difícil
adesão diante do quadro que se apresenta na geração atual. A saída conhecemos,
mas como torná-la uma realidade? Márcia Garcia.
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