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quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Mulher com câncer e, sem tratamento, emociona Câmara

Na Câmara de Vereadores de Mossoró, hoje (quarta-feira, 23), o testemunho de uma senhora com câncer – que se pronunciou na Tribuna Popular, espaço cedido para que qualquer cidadão possa tratar de assunto do interesse público, causou forte comoção. Mexeu com todos.
Marilene: drama sem solução
Marilene Félix ficou bastante emocionada ao falar que enfrenta grandes dificuldades desde que as cirurgias foram suspensas no Centro de Oncologia de Mossoró (COHM). Ela foi diagnosticada com Câncer de Mama, concluiu parte do tratamento, mas, corre contra o tempo para evitar o retorno da doença e um quadro de metástase (violenta multiplicação das células cancerígenas e acometimento de outros órgãos e/ou tecidos).
“É lamentável que Prefeitura de Mossoró e o COHM não cheguem a um entendimento, que médicos suspendam as cirurgias”, desabafou o vereador Luiz Carlos Martins.
Para Luiz Carlos, “precisamos rever questões como essa. Enquanto fala-se em pagamentos de altos valores para artistas no Mossoró Cidade Junina, temos o Centro de Oncologia paralisado por causa de impasses com a Prefeitura. A suspensão do serviço, iniciada no dia 25 de setembro último, já afeta diretamente centenas de pacientes, que precisam fazer cirurgia oncológica com urgência. Até o dia de hoje, cerca de 300 cirurgias deixaram de ser realizadas. Isso é preocupante demais!”
Os 14 médicos cirurgiões que aderiram à greve reivindicam o mesmo benefício dado aos médicos de Natal, e estendido aos anestesistas de Mossoró, referente à suplementação da Tabela do Sistema Único de Saúde (SUS): um adicional de 150% sobre os valores pagos pelo SUS – atualmente é de 100%.
Genivan e Luiz Carlos mostraram desapontamento com situação
“O teto financeiro fixado pela Prefeitura para a oncologia, atualmente é de R$ 393 mil, mas ele vem sendo ultrapassado nos últimos meses. Esse é o principal motivo do Centro de Oncologia e Hematologia de Mossoró ter paralisado as cirurgias.
Briga entre hospitais
Genivan Vale (Pros) insistiu em sua tese de que este, como outros problemas da saúde, não são fruto de falta de recursos, mas de falta de priorização para a área. Claudionor dos Santos (PMDB), Francisco José Júnior (PSD) e Manoel Bezerra defenderam apoio à paciente e ao serviço.
O vereador Professor Francisco Carlos (PV) apontou a necessidade de, antes de apontar culpados, “procurar soluções” para o problema.
Na ótica de Tomaz Neto (PDT), tais problemas muitas vezes são fruto de brigas políticas ou comerciais entre hospitais. O vereador confessou seu nervosismo em vista da necessidade de uma cidadã que necessita ”implorar para esse Poder para que não morra”.
O valor acumulado chega a quase meio milhão de reais. Como não estão recebendo o valor integral da produção, os cirurgiões paralisaram as cirurgias.
Após encerrada a sessão de hoje da Câmara de Mossoró, os vereadores Tomaz Neto, Luiz Carlos, Genivan Vale e Soldado Jadson visitaram o promotor da Saúde em Mossoró, Flávio Côrte. Pediram para ele agir rápido, em favor das vítimas da doença e da insensibilidade política e humana, nesse episódio lamentável. http://blogcarlossantos.com.br/

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