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segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Antonio Patriota é demitido após fuga de senador boliviano para o Brasil

A presidente Dilma Rousseff indicou o embaixador Luiz Alberto Figueiredo para ser o novo ministro das Relações Exteriores
Fuga de senador boliviano para o Brasil causou a crise que levou à demissão do ministro (Antonio Cruz/ABr)
Fuga de senador boliviano para o Brasil causou a crise que levou à demissão do ministro

A presidente Dilma Rousseff aceitou o pedido de demissão feito pelo ministro das Relações Exteriores Antonio Patriota e indicou o representante do Brasil junto as Nações Unidas, em Nova York, o embaixador Luiz Alberto Figueiredo para ser o novo chefe do Itamaraty.
Em nota, a presidente agradeceu a dedicação e o empenho do ministro Patriota nos mais de dois anos que permaneceu no cargo e anunciou a indicação dele para missão do Brasil na ONU.
A decisão foi tomada após uma reunião a portas fechadas que durou aproximadamente 50 minutos no Palácio do Planalto. A saída de Patriota se dá um dia após o senador boliviano Roger Pinto Molina, que ficou abrigado por 15 meses na embaixada brasileira na Bolívia, ter fugido para o Brasil. Ele chegou ao país acompanhado do encarregado de negócios da embaixada brasileira Eduardo Saboia em um veículo diplomático.

Patriota ficou dois anos e oito meses como ministro das Relações Exteriores. Filho de chanceler, Patriota construiu uma carreira baseada na disciplina, na articulação e em negociações multilaterais.

O ex-chanceler conheceu a presidenta Dilma Rousseff quando era embaixador do Brasil em Washington (Estados Unidos), de 2007 a 2009. Anteriormente, Patriota foi subsecretário-geral Político do Ministério das Relações Exteriores, de 2005 a 2007, e secretário de Planejamento Diplomático do Ministério das Relações Exteriores, em 2003.
Com perfil de negociador, Patriota tem um estilo sóbrio. Recentemente, o ex-chanceler chamou a atenção pela firmeza com que tratou as denúncias de espionagem envolvendo agências norte-americanas e cidadãos brasileiros. Ao lado do secretário de Estado norte-americano, John Kerry, Patriota cobrou explicações dos Estados Unidos e o fim da espionagem.
Como diplomata de carreira, Patriota serviu também na missão permanente do Brasil em organismos internacionais em Genebra, na Suíça (1999-2003). Ele foi, por dois anos, representante alterno na Organização Mundial do Comércio (OMC) e também integrou a delegação brasileira no Conselho de Segurança da ONU (1994-1999).
Na ONU, como representante do Brasil, Patriota deverá participar de discussões como a busca por consenso em situações de crise. Atualmente, a comunidade internacional está em alerta devido ao agravamento da situação na Síria, em decorrência da suspeita de uso de armas químicas contra civis, e do Egito deflagrado pelas manifestações violentas e confrontos constantes. http://www.correiobraziliense.com.br

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