O secretário estadual de Saúde Pública, Isaú Gerino, disse na manhã desta quinta-feira, dia 15, que o governo estadual continua aberto para negociações com a classe médica. No entanto, Gerino confirmou que, se por acaso não progredir o diálogo, o governo não terá outra opção, "senão judicializar" a greve dos médicos do quadro de pessoal da Sesap, que dia 27 deste mês completam sete meses de paralisação de suas atividades.
Isaú Gerino disse que também aguardou até a terça-feira, dia 13, o envio por parte do presidente do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (Sinmed-RN), Geraldo Ferreira, a proposta oficial da categoria com base na orientação da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), que defende um piso salarial nacional de R$ 19 mil para a categoria.
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| Isau Gerino, no entanto, informou que piso de R$ 19 mil está fora da realidade do Governo do Estado
Mas, Gerino adiantou que o governo não tem condições de pagar um piso salarial desse valor. "Não poderemos oferecer um piso e firmar um acordo que não podemos cumprir e criar, depois, mais dificuldades", disse ele.
O secretário de Saúde disse que tomou conhecimento, em Brasília, de como foi a negociação com os médicos do Piauí, cujo secretário de Saúde havia lhe dito que naquele estado da região Nordeste, só há quatro médicos no quadro de pessoal com uma jornada de 40 horas de trabalho, enquanto os demais são de 20 e 24 horas. "No Rio Grande do Norte a maioria dos médicos contratados tem uma jornada de 40 horas, o que é mais difícil para fechar esse acordo", continuou Gerino.
Segundo Gerino, se não houver um acordo até o fim do mês, os médicos poderão sair prejudicados, porque em dezembro será votado a Lei Orçamentária Anual (LOA) do Estado para 2013: "Se não houver um consenso, a negociação fica para o próximo ano".
Além disso, o secretário informou que a área econômica do governo já havia liberado, na quarta-feira, dia 14, cerca de R$ 2 milhões para o pagamento dos salários dos servidores terceirizados, que estavam atrasados há dois meses.
Segundo ele, o sindicato dos terceirizados ameaçaram entrar em greve, mas por conta do apoio à manifestação organizada pelo Sinmed, ontem de manhã, garantiram que só voltaria ao trabalho nesta sexta, "depois que já tivesse o pagamento creditado na conta do banco".
Gerino também falou sobre as obras que estão paralisadas no Hospital Walfredo Gurgel, no valor de R$ 1,9 milhão. Ele explicou que houve necessidade de readequação do projeto e da planinha de custos, porque o governo decidiu que, ao invés de reformar apenas o HWG, também decidiu executar a reforma do pronto-socorro Clóvis Sarinho.
Quanto a reforma do setor de nutrição do HWG, Gerino informou que as obras estavam paralisadas em decorrência do bloqueio de recursos financeiros que eram destinados aquela obra, mas que agora foi desbloqueado e a obra deve recomeçar em breve". http://tribunadonorte.com.br/noticia
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