A deputada Jaqueline Roriz continua na Câmara,
embora tenha sido filmada recebendo propina.
O senador Cyro Nogueira foi fotografado com
o empreiteiro Fernando Cavendish, da Delta, em Paris; logo depois se opôs à
convocação de Cavendish pela CPI do Cachoeira. Continua no Senado.
Inocêncio Oliveira, que cavou poços em suas
fazendas com máquinas do Governo, continua na Câmara.
Denise Leitão Rocha, a assessora do senador
Cyro Nogueira que foi filmada fazendo sexo, foi demitida.
Denise Rocha é solteira, transou com um
rapaz solteiro, ninguém tem nada com isso; é maior de idade; o lugar em que
ocorreu a cena definitivamente não é um prédio público.
Parlamentar corrupto pode; roubar dinheiro
público pode; mas escolher um parceiro sexual de sua preferência, sem qualquer
envolvimento do Tesouro, isso parece que não pode.
Rua, pois.
Denise Rocha é advogada e tem como lutar
não apenas por seus direitos, mas também contra quem divulgou o vídeo sem seu
consentimento. Parece que portais especializados no tema andaram vendendo ou
alugando as imagens, o que é crime.
E o senador Cyro Nogueira que nos perdoe,
mas sua declaração é um horror: “É uma situação complicada, não vejo condições
de ela desempenhar o trabalho dela depois disso. Porque ela trabalha nas
comissões, não é dentro do gabinete”.
Traduzindo, os outros não podem
vê-la, mas ele poderia.
O rapaz do vídeo parece um assessor do
senador Sérgio Petecão (PSD-AC), mas diz que foi confundido.
Por que não o investigam também? Discriminação de gênero? Por Carlos Brickmann
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