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sábado, 28 de julho de 2012

População destrói casa do suspeito

Mossoró - O sepultamento de Cinthia Lívia de Araújo, que tinha 12 anos e foi encontrada morta na quinta-feira passada, em Tibau, terminou em confusão. Emocionados, moradores e parentes da menina foram à casa do assassino confesso, Poliano Cantarelle Fernandes da Silva, de 35 anos. Eles quebraram tudo e depois atearam fogo. No momento da ação, não havia ninguém no imóvel. Os moradores já tinham tentando linchar parentes do suspeito logo após ele ter sido preso, na quinta.
marcelo bento/ jornal de fatoBombeiros fazem o rescaldo do que sobrou da casa de Poliano Fernandes, acusado de ter matado Cinthia Lívia para se vingar da famíliaBombeiros fazem o rescaldo do que sobrou da casa de Poliano Fernandes, acusado de ter matado Cinthia Lívia para se vingar da família

Prevendo que algo dessa natureza pudesse acontecer, policiais da Ronda Ostensiva Com Apoio de Motocicleta (ROCAM) de Mossoró foram mandados para a cidade, assim que o corpo da pequena foi liberado pelo Instituto Técnico-Científico de Polícia (ITEP) de Mossoró. Durante o sepultamento, no entanto, não foi registrada nenhuma anormalidade. Os policiais acompanharam tudo, à distância, e logo depois voltaram a Mossoró. Ficaram apenas os quatro militares que já trabalham em Tibau. A população, no auge da revolta (após o enterro), voltou mais uma vez para a casa do preso.

Dessa vez, os policiais não tiveram como intervir, segundo o capitão Dinno Max, subcomandante do XI Batalhão de Polícia Militar de Mossoró, responsável pela Rocam. "Caso os policiais tentassem intervir, naquelas condições, colocariam suas vidas em risco", explica o militar, acrescentando que a preocupação maior era preservar a vida dos policiais que estavam na cidade, bem como de pessoas inocentes. É que no dia da prisão de Poliano, os moradores tentaram linchar a esposa e um filho do preso. Foi preciso a PM intervir, resgatando-os de Tibau. Os dois foram trazidos para Mossoró.

Desde o ocorrido, segundo o tenente-coronel Francisco Alvibá Gomes, comandante do II Batalhão da PM, que é responsável também por Tibau, uma viatura extra vinha sendo mantida na cidade. "Tivemos que deixar um carro lá em frente a casa dele para evitar isso, mas não dava para ficar lá para sempre. Temos outras obrigações e tive que tirar o pessoal de lá", explica Alvibá, ressaltando que a confusão de ontem a tarde foi contida em menos de meia hora. Foi só o tempo que a Rocam chegou com a Força Tática e a multidão se dispersou. Mesmo assim, o reforço foi mantido na cidade.
ENTERRO 
O corpo de Cinthia Lívia de Araújo foi enterrado às 15h de ontem, em Tibau. A família havia pensado na possibilidade de realizar o velório até as 17h, mas não foi possível devido o estado do cadáver, encontrado já em estado de putrefação.

A família havia comentado no Itep de Mossoró que pretendia realizar o velório da menina e só depois o sepultamento, momento que aproveitariam para prestar as últimas homenagens, mas não conseguiu.


A menina foi encontrada na manhã de quinta-feira, mas foi morta ainda na noite de sábado, logo após ter sido raptada por Poliano  Fernandes da Silva, que teria confessado o crime logo após ser preso. Depois de morta, ela foi jogada dentro de um poço, o que acelerou o apodrecimento do seu cadáver.

Quando foi localizada, o corpo já estava em avançado estado de putrefação. Policiais, bombeiros e a equipe do Itep tiveram que trabalhar com máscaras na cena do crime, justamente devido o mau cheiro. 


Acusado segue preso e polícia espera conclusão dos laudos
A justiça decretou a prisão preventiva de Poliano Cantarelelle Fernandes da Silva no fim da tarde de quinta-feira passada, após ele ter confessado que matou Cinthia Lívia, em Tibau.

O delegado Renato Batista da Costa, responsável pelo caso, está aguardando o resultado dos exames que foram feitos pelo Instituto Técnico-Científico de Polícia (ITEP) de Natal. Por enquanto, não há previsão oficial de quando os laudos serão enviados à polícia.

Os laudos irão responder a uma série de questões que ainda pairam sobre o caso. A causa real da morte, por exemplo, ainda não foi esclarecida completamente. O suspeito disse em depoimento que matou a menina estrangulada e só depois a arremessou no poço.

Aparentemente, conforme disse ontem o perito Joaquim Guimarães, havia sinais de agressão no pescoço da jovem, confirmando a versão do preso. No entanto, o perito disse à reportagem que essas dúvidas serão esclarecidas somente após a conclusão dos laudos. Tribuna do Norte

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