Uma das grandes ilusões humanas é a de que as coisas não mudam. E que a História se repete como a natureza, com a regularidade natural das estações do ano.
Durante o desfile da Gaviões da Fiel, o ex-presidente do Corinthians Andrés Sánchez afirmou que o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, só deixará o cargo quando o Sargento Garcia prender o Zorro. Embora as relações entre política e futebol não sejam lineares, ambos estão sujeitos a um incessante movimento transformador. Quem tem mais dificuldades para reconhecer o câmbio é justamente quem sonha em se perpetuar no poder.
Em 1910, como lembra o historiador Joel Rufino dos Santos, o futebol era jogado no Bangu Athletic Club numa grama que servia ao cricket. Calções e meias eram importados e os jogadores celebravam suas vitórias cantando "when more we drink together, more friends we'll be".
O Sargento Garcia prendeu o Zorro da exclusividade aristocrática e o esporte se tornou popular. Tão popular que no Brasil, em sintonia com os políticos, o País quer projetar a imagem de hegemonia no futebol. A ditadura militar também se interessava pelo tema. Médici deixava-se fotografar fazendo embaixadas e chegou a tentar escalar jogadores na seleção de 1970.
Os tempos são outros: governo popular, ascensão econômica, reconhecimento internacional - tudo converge para transformar a Copa do Mundo numa espécie de vitrine da nova fase brasileira. A Copa de 2014 foi pensada para projetar o Brasil duplamente: crescimento econômico e supremacia no futebol. O Estadão
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