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sábado, 7 de janeiro de 2012

Bezerra terá de se explicar sobre denúncias de favorecimento.

Ministro é acusado de privilegiar emendas do filho, o deputado federal, Fernando Coelho

BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff convocou o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, para uma reunião nesta segunda-feira, no Palácio do Planalto. O ministro está sendo acusado de beneficiar Pernambuco com volume expressivo de verbas contra enchentes e de privilegiar emendas do filho, deputado federal Fernando Coelho (PSB-PE). A presidente chamou o ministro para uma audiência numa conversa que tiveram na sexta-feira. Dilma quer explicações sobre as medidas que estão sendo adotadas para minimizar os danos provocados pelas enchentes em alguns estados no país.

Bezerra deverá responder também sobre as denúncias de uso político de parte das verbas do ministério. Segundo um auxiliar do ministro, não haverá bronca. Bezerra daria apenas as linhas gerais das medidas que o ministério vem adotando para ajudar estados e prefeituras a socorrer as pessoas atingidas pelas cheias. O ministro também iria pôr em pratos limpos as acusações de que favoreceu o filho Fernando Coelho na divisão de verbas destinadas a emendas parlamentares.

No mesmo texto, o ministro nega ainda que tenha praticado nepotismo ao manter o irmão na presidência de uma estatal vinculada ao ministério. "Clementino de Souza Coelho ocupa o cargo de acordo com o estatuto da empresa (Decreto Federal n 3.604, de 20 de setembro de 2000) e orientação da Controladoria Geral da União (CGU)", afirma.

Na sexta-feira, a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, anunciou a troca de Clementino pelo diretor da Área de Revitalização de Bacias Hidrográficas, Guilherme Gonçalves Almeida de Oliveira. As emendas de Fernando Coelho deverão financiar obras em cidades consideradas redutos eleitorais da família. O deputado é pré-candidato a prefeito de Petrolina, uma das cidades a serem beneficiadas com os recursos do ministério. Em nota divulgada durante a tarde, o ministro negou qualquer irregularidade ou privilégio na distribuição de verbas do ministério.


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