Filha é suspeita de mandar matar a mãe, diz delegado
O assassinato bárbaro de
Normalice de Freitas Lourenço, 41 anos, morta a marretadas na manhã de
quinta-feira (30), em Macaíba, teria sido encomendado pela filha de 22 anos que
morava com ela. Segundo o delegado Normando Feitosa, responsável pela investigação
do caso, a jovem foi apontada como mandante do crime pelo suspeito de ser o
autor, o pedreiro Geraldo José Amaro do Nascimento, 41. A mulher foi presa em
flagrante na madrugada deste sábado, 1º de agosto, e levada para o Centro de
Detenção Provisória feminino de Parnamirim.
O delegado Normando Feitosa
obteve a informação após ouvir o depoimento do pedreiro, preso na tarde de
sexta-feira (31). Geraldo José Amaro confessou o crime, mas disse que o cometeu
a mando da filha da vítima.
Cedida
Carro apreendido teria sido comprado com dinheiro do roubo
Segundo contou ao delegado, a
jovem de 22 anos teria lhe oferecido o carro da mãe, um veículo do modelo
CrossFox, e mais R$ 35 mil, que também pertenciam à vítima e estariam sob o
banco do veículo.
Normando contou ainda que as duas
dividiam a mesma casa, sendo que a filha morava no primeiro andar, enquanto
Normalice ocupava o térreo, que estava em reforma. O pedreiro trabalhava na
obra.
"As duas tinham constantes e
fortes desentendimentos, razão pela qual a filha teria mandado matar a mãe,
segundo o pedreiro contou em seu depoimento. Ele relatou que na última
discussão feia que elas tiveram, a filha falou que daria um carro e dinheiro
para quem matasse sua mãe”, contou o delegado. Ainda de acordo com Normando
Feitosa, o pedreiro teria falado do interesse da filha em ficar com a
propriedade da mãe.
Presa e ouvida na madrugada deste
sábado, 1º de agosto, ela negou envolvimento no crime. Segundo o delegado, a
jovem contou que, na quinta-feira, por volta das 8h, ouviu um barulho, algo
como um pedido de socorro, vindo da parte de baixo, em que a mãe morava, e
perguntou o que estava acontecendo.
“O pedreiro respondeu que era só
o armador que havia caído. O estranho é que a filha não desceu para ver o que
estava havendo. À noite, quase 12 horas depois, ela, o marido e um vizinho
encontraram o corpo. Perguntei por que não tinha dado pela falta da mãe e a
procurado antes. Ela respondeu que a mãe costumava sair e passar o dia fora”,
disse o delegado, que não acredita na versão da filha. “Para mim, estava tudo
arquitetado”.
Antes do pedreiro Geraldo José
Amaro ser preso, o delegado Normando Feitosa foi até o município de Ielmo
Marinho e ouviu a mãe do suspeito de cometer o crime. Ela contou que seu filho
já havia lhe dito que tinha matado a mulher a mando da filha de 22 anos.
Geraldo levou o carro e dinheiro
da vítima. Com parte dele, teria comprado um outro veículo por R$ 21 mil. Em
sua casa, a polícia encontrou R$ 6 mil. Normalice foi morta a golpes de marreta
e encontrada com os pés e mãos amarrados e o corpo enrolado em lençóis. TRIBUNA DO NORTE
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