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segunda-feira, 7 de julho de 2014

Após tumulto, suspeita de roubar bebê no RN é transferida de presídio

Presa está isolada no Complexo Penal João Chaves, na Zona Norte de Natal.
Maria Eliane, 24 anos, foi presa por roubar uma recém-nascida no último dia 2.

Em depoimento, Maria Eliane confessou o crime (Foto: Divulgação/Polícia Civil do RN)
Em depoimento, Maria Eliane confessou o crime
(Foto: Divulgação/Polícia Civil do RN)
A agricultora Maria Eliane Souza das Chagas, de 24 anos, que confessou ter roubado uma bebê de 4 dias de vida - crime ocorrido na última quarta-feira (2) na cidade de Santa Maria, na região Agreste potiguar - sofreu ameaças das presas do Centro de Detenção Provisória Feminino de Parnamirim, para onde foi levada um dia após o crime. A unidade fica na Grande Natal e deveria custodiar a suspeita enquanto ela aguarda uma decisão da Justiça. Porém, por uma questão de segurança, a agricultora teve de ser transferida para o Complexo Penal João Chaves, na Zona Norte de Natal, onde encontra-se isolada das demais detentas.
“Assim que ela chegou aqui houve logo um tumulto e as presas começaram a gritar. Então, para preservarmos a vida dela, tivemos que transferi-la para o Complexo Penal João Chaves, onde é mais seguro", confirmou Halana Araújo, diretora do CDP de Parnamirim.
O pavilhão feminino do Complexo Penal João Chaves tem atualmente 73 mulheres, mas nenhuma delas teve qualquer contato com Maria Eliane até o momento. "Ela está sozinha numa cela. Todas as presas que chegam aqui ficam isoladas durante alguns dias, período de triagem", afirmou a agente penitenciária Hindiane Medeiros, vice-diretora da unidade.
Ainda segundo a vice-diretora, Maria Eliane ainda não recebeu visita de nenhum advogado. A única pessoa que procurou por ela foi uma mulher que se apresentou como tia. Ela perguntou se ela precisava de algum material de higiene e depois foi embora”, acrescentou. 
De acordo com de Maria Keliane Brito da Costa, de 18 anos, a mãe da bebê, Maria Eliane era uma amiga de infância. "Ela foi criada lá em casa desde pequena. Eu nunca imaginei que ela pudesse fazer isso”, disse em entrevista ao G1. "Eu a amamentei logo depois que a reencontrei. Ela está bem, só está sem o cabelinho porque rasparam uma parte da cabeça dela", disse a mãe.
Assim que a notícia se espalhou pela cidade, ainda na própria quarta-feira (2), a bebê foi abandonada dentro de uma sacola plástica e a agricultora acabou detida.
Prisão decretada

O juiz Peterson Fernandes Braga, da Comarca de São Paulo do Potengi, decretou a prisão preventiva de Maria Eliane Souza das Chagas no dia seguinte ao crime. Ela foi autuada pelo crime de subtração de incapaz. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a pena é de 2 a 6 anos de reclusão para quem "subtrair criança ou adolescente ao poder de quem o tem sob sua guarda em virtude de lei ou ordem judicial, com o fim de colocação em lar substituto”.Do G1 RN

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