Campinas (AE) - A presidenta Dilma Rousseff manifestou ontem preocupação
com o estado de saúde do deputado federal José Genoino (PT-SP), um dos 11
condenados presos por envolvimento no mensalão. Em entrevistas a emissoras de
rádio de Campinas, interior de São Paulo, Dilma disse que não comentaria as
prisões dos réus, mas que nada a impede de fazer considerações pessoais sobre
os aspectos “humanitários” da sentença. “Manifestei, de fato, uma grande
preocupação em relação à saúde do deputado federal Genoino. Por dois motivos:
porque eu sei as condições de saúde dele, que teve uma doença extremamente
grave do coração e toma anticoagulante, e ao mesmo tempo é importante que eu
diga que tenho uma relação pessoal com a família”, disse Dilma.
Essa foi a primeira manifestação pública da presidenta sobre as prisões. Nos próximos dias o Supremo Tribunal Federal (STF) irá se manifestar sobre a possibilidade de conceder a Genoino o cumprimento da sentença em regime semiaberto, por conta dos problemas de saúde que ele enfrenta. Na manifestação, Dilma lembrou que esteve encarcerada com mulher do Genoino durante a ditadura militar. “Por isso manifestei a minha preocupação com a saúde dele em caráter estritamente pessoal”, disse.
Genoino, que já ocupou a presidência do PT, o partido da presidente, cumpre pena de quatro anos e oito meses de prisão em regime semiaberto pelo crime de corrupção ativa. Seu advogado recorre da condenação por formação de quadrilha, que pode elevar a pena para seis anos e 11 meses, mais multa de R$ 468 mil.
Ele passou recentemente por uma cirurgia no coração para corrigir uma lesão na artéria aorta. A defesa do advogado aguarda resultados de perícia para atestar a necessidade de transferir o cumprimento da pena para o regime domiciliar.
Apesar da preocupação pessoal, Dilma também disse nas entrevistas que não vai comentar o caso, por respeito à Constituição, que exige “convivência harmônica” entre os Três Poderes da Repúblicas. “Não me permito, como presidenta, fazer qualquer observação, análise ou avaliação sobre as decisões do Supremo Tribunal Federal. Isso não significa que eu não tenha as minhas convicções”, afirmou. http://tribunadonorte.com.br
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