Elton Simoes
Não me lembro de ter ouvido ou lido alguém dizer que a sua geração enfrenta desafios menores que as gerações que vieram antes. Todos nós, acredito, fantasiamos sobre um tempo em que a as coisas eram mais simples, os políticos mais honestos e vida melhor. Em retrospecto, as coisas sempre fazem mais sentido. O passado não lida com incertezas.
Infelizmente, para as gerações atuais e futuras, nostalgia não é uma opção. Neste tempo e era, os países desenvolvidos estão muito endividados; as teorias econômicas não mais explicam a realidade; e os recursos naturais rapidamente se exaurem.
Tudo parece apontar para um período de grandes mudanças sociais e institucionais. Esta é, portanto, uma era de grandes desafios para instituições, países e indivíduos. Estes desafios certamente se darão através de conflitos em todas essas esferas.
Ter e viver conflitos são parte da vida coletiva e individual. Quando bem resolvidos, os conflitos são positivos. Eles são o motor por traz das grandes mudanças. São os conflitos que, para bem ou para o mal, reformam e transformam o mundo humano. Tudo depende de como (e se) desenvolvemos os mecanismos para resolvê-los. Conflitos acorrentam ao passado ou melhoram o futuro, dependendo de como lidamos com eles.
Parece estar havendo uma tendência de mudança na maneira em que conflitos são resolvidos. Parece estar havendo um movimento em direção a um consenso de que não se deve deixar para o Estado a responsabilidade pela resolução de todos os conflitos existentes. Por isso, particularmente nas duas ultimas décadas, o campo de Solução Alternativa de Conflitos (em inglês, Alternative Dispute Resolution ou ADR) tem crescido e se popularizado.
Cada vez mais, pessoas, instituições e grupos em conflito preferem utilizar a mediação, arbitragem ou justiça restaurativa como forma de resolução de suas disputas. Essas formas de resolução de conflito visam resolver disputas de maneira mais rápida e barata, e, ao mesmo tempo, aumentar o grau de satisfação das partes com a resolução alcançada.
Em outras palavras, pessoas, indivíduos, instituições tendem, progressivamente, a assumir a responsabilidade pela solução dos seus próprios problemas. Adotar, melhorar e encontrar novas formas de solução de conflitos parece ser um dos grandes desafios das gerações atuais e futuras.
Sou um otimista. Acredito que o desafio está e continuará sendo vencido. Afinal, como diria Adoniran Barbosa, “Deus dá o frio conforme o cobertor” .
Elton Simoes mora no Canada há 2 anos. Formado em Direito (PUC); Administração de Empresas (FGV); MBA (INSEAD), com Mestrado em Resolução de Conflitos (University of Victoria). Email: esimoes@uvic.ca.
Infelizmente, para as gerações atuais e futuras, nostalgia não é uma opção. Neste tempo e era, os países desenvolvidos estão muito endividados; as teorias econômicas não mais explicam a realidade; e os recursos naturais rapidamente se exaurem.
Tudo parece apontar para um período de grandes mudanças sociais e institucionais. Esta é, portanto, uma era de grandes desafios para instituições, países e indivíduos. Estes desafios certamente se darão através de conflitos em todas essas esferas.
Ter e viver conflitos são parte da vida coletiva e individual. Quando bem resolvidos, os conflitos são positivos. Eles são o motor por traz das grandes mudanças. São os conflitos que, para bem ou para o mal, reformam e transformam o mundo humano. Tudo depende de como (e se) desenvolvemos os mecanismos para resolvê-los. Conflitos acorrentam ao passado ou melhoram o futuro, dependendo de como lidamos com eles.
Parece estar havendo uma tendência de mudança na maneira em que conflitos são resolvidos. Parece estar havendo um movimento em direção a um consenso de que não se deve deixar para o Estado a responsabilidade pela resolução de todos os conflitos existentes. Por isso, particularmente nas duas ultimas décadas, o campo de Solução Alternativa de Conflitos (em inglês, Alternative Dispute Resolution ou ADR) tem crescido e se popularizado.
Cada vez mais, pessoas, instituições e grupos em conflito preferem utilizar a mediação, arbitragem ou justiça restaurativa como forma de resolução de suas disputas. Essas formas de resolução de conflito visam resolver disputas de maneira mais rápida e barata, e, ao mesmo tempo, aumentar o grau de satisfação das partes com a resolução alcançada.
Em outras palavras, pessoas, indivíduos, instituições tendem, progressivamente, a assumir a responsabilidade pela solução dos seus próprios problemas. Adotar, melhorar e encontrar novas formas de solução de conflitos parece ser um dos grandes desafios das gerações atuais e futuras.
Sou um otimista. Acredito que o desafio está e continuará sendo vencido. Afinal, como diria Adoniran Barbosa, “Deus dá o frio conforme o cobertor” .
Elton Simoes mora no Canada há 2 anos. Formado em Direito (PUC); Administração de Empresas (FGV); MBA (INSEAD), com Mestrado em Resolução de Conflitos (University of Victoria). Email: esimoes@uvic.ca.
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