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sexta-feira, 27 de maio de 2016

"Tem que alguém dizer assim 'A presidente é bunda mole'"

No segundo trecho da conversa disponibilizada pela Folha de São Paulo, o ex-senador José Sarney e o ex-presidente da Transpetro, Sérgio macgado, criticam o modo como o Senado agiu na prisão de Delcídio do Amaral (sem partido). E comentam que o ex-presidente Lula está acabado.
Confira a íntegra da transcrição
Segunda conversa
Sarney - Agora é coisa séria, acho que o negócio é sério.
Machado - Presidente, o cara [Sérgio Moro] agora seguiu aquela estratégia, de 'deslegitimizar' as coisas, agora não tem ninguém mais legítimo para falar mais nada. Pegou Renan, pegou o Eduardo, desmoralizou o Lula. Agora a Dilma. E o Supremo fez essa suprema... rasgou a Constituição.
Sarney - Foi. Fez aquele negócio com o Delcídio. E pior foi o Senado se acovardar de uma maneira... [autorizou prisão do então senador].
Machado - O Senado não podia ter aceito aquilo, não.
Sarney - Não podia, a partir dali ele acabou. Aquilo é uma página negra do Senado.
Machado - Porque não foi flagrante delito. Você tem que obedecer a lei.
Sarney - Não tinha nem inquérito!
Machado - Não tem nada. Ali foi um fígado dos ministros. Lascaram com o André Esteves.. Agora pergunta, quem é que vai reagir?
[...]
Machado - O Senado deixar o Delcídio preso por um artista.
Sarney - Uma cilada.
Machado - Cilada.
Sarney - Que botaram eles. Uma coisa que o Senado se desmoralizou. E agora o Teori acabou de desmoralizar o Senado porque mostrou que tem mais coragem que o Senado, manda soltar.
Machado - Presidente, ficou muito mal. A classe política está acabada. É um salve-se quem puder. Nessa coisa de navio que todo mundo quer fugir, morre todo mundo.
[...]
Sarney - Eu soube que o Lula disse, outro dia, ele tem chorado muito. [...] Ele está com os olhos inchados.
[...]
Sarney - Nesse caso, ao que eu sei, o único em que ela está envolvida diretamente é que ela falou com o pessoal da Odebrecht para dar para campanha do... E responsabilizar aquele [inaudível]
Machado - Isso é muito estranho [problemas de governo]. Presidente, você pegar um marqueteiro, dos três do Brasil. [...] Deixa aquele ministério da Justiça que é banana, só diz besteira. Nunca vi um governo tão fraco, tão frágil e tão omisso. Tem que alguém dizer assim 'A presidente é bunda mole'. Não tem um fato positivo.
[...]
Sarney - E o Renan cometeu uma ingenuidade. No dia que ele chegou, quem deu isso pela primeira vez foi a Délis Ortiz. Eu cheguei lá era umas 4 horas, era um sábado, ele disse 'já entreguei todos os documentos para a Delis Ortiz, provando que eu... que foi dinheiro meu'. Eu disse: 'Renan, para jornalista você não dá documento nunca. Você fazer um negócio desse. O que isso vai te trazer de dor de cabeça'. Não deu outra.
Machado - Renan erra muito no varejo. Ele é bom. [...] Presidente, não pode ser assim, varejista desse jeito.
[...]
Sarney - Tudo isso é o governo, meu Deus. Esse negócio da Petrobras só os empresários que vão pagar, os políticos? E o governo que fez isso tudo, hein?
Machado - Acabou o Lula, presidente.
Sarney - O Lula acabou, o Lula coitado deve estar numa depressão.
Machado - Não houve nenhuma solidariedade da parte dela.
Sarney - Nenhuma, nenhuma. E com esse Moro perseguindo por besteira.
Machado - Tomou conta do Brasil. O Supremo fez a pedido dele.http://novojornal.jor.br/

Bené acusa Pimentel de receber R$ 20 mi em propina

O empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, afirmou em delação premiada que o Grupo Caoa pagou R$ 20 milhões ao governador de Minas, Fernando Pimentel (PT). Os pagamentos, segundo Bené, ocorreram entre 2013 e 2014, ano em que o petista deixou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior para candidatar-se ao governo. Dos R$ 20 milhões, afirmou o delator, R$ 7 milhões foram repassados diretamente a Pimentel no exterior. O restante teria sido usado na campanha.
Bené está preso em Brasília desde 15 de abril e é apontado como "operador" de Pimentel. A ordem de prisão foi decretada pelo ministro Herman Benjamin, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), relator da Operação Acrônimo na corte. O empresário teria falsificado provas para tentar "blindar" o governador.
Bené assinou acordo de delação com o Ministério Público Federal. São 20 anexos, cada um correspondendo a uma suposta irregularidade envolvendo não apenas Pimentel, mas outros políticos. Um anexo é denominado "Evento Caoa".
Para os investigadores, o relato de Bené mostra que Pimentel teria transformado o ministério em "agência de negócios". Segundo o delator, ele alterava portarias para atender pleitos de segmentos empresariais desde que fizessem doações para sua campanha e cobrava para ele próprio.
Bené e o petista já foram denunciados criminalmente, no início do mês, pela Procuradoria da República. A Pimentel, o Ministério Público atribui corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Na mesma acusação foram incluídos outros seis investigados, entre eles o ex-ministro Mauro Borges - sucessor de Pimentel - e o empresário Carlos Alberto de Oliveira Andrade, dono da Caoa.
Nessa denúncia, a Procuradoria indica que Pimentel foi beneficiário de propina de R$ 2 milhões para favorecer a Caoa quando era ministro, de 2011 a 2014, no primeiro mandato da presidente afastada Dilma Rousseff. O caso, revelado pelo Estado em outubro de 2015, foi investigado na Acrônimo.
Parcelas
Em sua delação, Bené afirmou aos investigadores que os R$ 20 milhões foram divididos em duas partes, acertadas na época em que Pimentel ainda era ministro. Ele citou como envolvidos no esquema o dono da Caoa e o presidente do grupo, Antonio dos Santos Maciel.
Segundo o delator, os primeiros R$ 10 milhões foram transferidos quando o então ministro atendeu a um pedido do grupo Caoa e promoveu alteração no mix de modelos de veículos autorizados pelo Programa de Importação Inovar Auto. Na denúncia levada ao STJ, a Procuradoria sustenta que Pimentel editou portarias do Programa Inovar Auto, que concederam incentivos fiscais de R$ 600 milhões por ano ao Grupo Caoa.
Segundo os investigadores, os primeiros atos de Pimentel habilitavam a empresa no programa até 31 de março de 2013, permissão que foi estendida até 31 de maio de 2014.
Os outros R$ 10 milhões ao petista foram acertados e pagos, de acordo com Bené, por Pimentel ter garantido um benefício no pagamento de Imposto de Importação e de IPI do modelo IX 35, utilitário fabricado pela Hyundai.
O delator disse que, como encarregado da pré-campanha e da campanha de Pimentel ao governo, operou esses pagamentos e, dessa forma, sabe dos detalhes. Do total, R$ 7 milhões pagos no exterior, segundo Bené, porque a Caoa tem facilidade para fazer repasses fora do País, por atuar com importações. Outra parte do dinheiro, segundo ele, passou por uma empresa sua, a BRO.
Defesas
As defesas de Pimentel e do Grupo Caoa negaram as acusações de Bené. Por meio de sua assessoria de imprensa, o Grupo Caoa disse desconhecer o conteúdo da delação de Bené.
O advogado de Pimentel, Eugênio Pacelli, rechaçou as acusações. "A defesa de Fernando Pimentel esclarece que o governador não recebeu qualquer tipo de vantagem em qualquer tempo de quem quer que seja. Se existente, é falsa e absurda a acusação de pagamento no exterior", afirmou.
"Basta um elemento para desacreditar a suposta acusação: é atribuição da Receita Federal do Brasil, vinculada ao Ministério da Fazenda, a redução ou não de alíquotas de impostos cobrados em âmbito federal. Pimentel, como se sabe, não era ministro da Fazenda", disse Pacelli. "Quanto à modificação de modelos automobilísticos a serem importados, a decisão foi precedida de relatórios e pareceres técnicos e contou com parecer jurídico da Advocacia-Geral da União. Além disso, a definição do modelo de negócios, como se sabe, é decisão que cabe às empresas, não ao Poder Público."
Segundo o advogado, a defesa do governador pedirá "abertura de inquérito para apurar os reiterados vazamentos de supostas informações cujo objetivo óbvio é antecipar a condenação pública dos investigados".
O criminalista José Roberto Batochio, que defende a Caoa, reagiu enfaticamente às declarações de Bené. "Isso é um delírio, absolutamente não corresponde à verdade. Aliás, a própria conduta do cidadão delator já demonstra que isso não é verossímil. Primeiro, ele fala que recebeu R$ 2,2 milhões para fazer uma consultoria que ele diz que não existiu, que não era real, que foi fabricada de acordo com as notas fiscais que emitiu. Depois, passou a falar que eram R$ 10 milhões e não mais os R$ 2,2 milhões. Agora vem falar que eram R$ 20 milhões."
Batochio ironizou o delator. "Precisamos perguntar para ele qual das três cifras ele vai escolher. A partir do momento em que definir qual o valor então poderemos fazer um abordagem mais direta para que explique sua versão." Sobre os R$ 7 milhões que a Caoa teria pago a Pimentel no exterior, o advogado fez um desafio. "Já que o senhor delator sabe que foi pago no exterior, então tem que dizer de que conta saiu esse dinheiro e em qual conta entrou."
"A Caoa desconhece a existência e eventual conteúdo de qualquer delação premiada que lhe faça qualquer menção, sendo curioso que tal informação, coberta por sigilo legal, venha parcialmente ao conhecimento público, sem possibilidade prévia da empresa saber e contrapor os seus termos", diz nota da assessoria do grupo.http://novojornal.jor.br/

'Renan, o senhor dos anéis, deve cair', defende Delcídio Amaral

O senador cassado Delcídio Amaral (ex-PT/MS) defendeu nesta quinta-feira, 26, a saída do presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB/AL). "O Renan, como o Eduardo Cunha (presidente afastado da Câmara), deve sair urgentemente. Ele deve cair. Renan é o senhor dos anéis, faz o que quer, manipula tudo, usurpa", disse
Delcídio partiu para o ataque e pediu a cabeça do presidente do Congresso depois da divulgação do áudio em que Renan conversa com 'Vandenbergue' sobre o processo de cassação do ex-petista.
Os investigadores suspeitam que o interlocutor de Renan é Vandenbergue Sobreira Machado, que é da diretoria de Assessoria Legislativa da CBF, foi chefe de gabinete do ex-ministro Marco Maciel (Educação/Governo Sarney) e é muito ligado ao PMDB e ao senador.
No diálogo, Renan diz a Vandenbergue que Delcídio "tem que fazer… Fazer uma carta, submeter a várias pessoas, fazer uma coisa humilde… Que já pagou um preço pelo que fez, foi preso tantos dias… Família pagou… A mulher pagou…"
Vandenbergue respondeu. "Ele (Delcídio) só vai entregar à comissão (Conselho de Ética), fazer essa carta e vai embora".
O teor da conversa entre Renan e Vandenbergue Machado, divulgada com exclusividade pela repórter Camila Bonfim, da TV Globo, nesta quinta-feira, deixou Delcídio indignado. E com a certeza de que sua cassação foi "manipulada" pessoalmente por Renan. "Ele (Renan) tinha medo da minha delação, ele tinha comprometimento com o Palácio do Planalto."
Delcídio fechou acordo de colaboração com a Procuradoria-Geral da República em fevereiro. Dias depois, foi colocado em liberdade - ele havia sido preso em 25 de novembro de 2015 por suspeita de tramar contra a Operação Lava Jato.
"Esse Vandenbergue é um cara que eu conheço há muito tempo", afirma Delcídio. "Ele é diretor da CBF, mas se criou sempre no PMDB. Começou como chefe de gabinete do Marco Maciel no Ministério da Educação (Governo Sarney) e depois fez carreira no PMDB, especificamente com o Renan", afirmou.
Delcídio relata que "tinha boas relações" com Vandenbergue. "Mas achei estranho que ele ia ao meu gabinete aparentemente para prestar solidariedade, para me visitar e o caramba, mas agora percebo que ele ia a mando do Renan para sondar, para saber se eu ia mesmo fazer delação premiada. A conversa gravada entre eles mostra que estavam mal informados. Pelo que vi, a conversa foi no dia 24 de março. Eu já havia fechado o acordo antes de ser solto em fevereiro. Vandenbergue sempre frequentava o meu gabinete, sempre uma relação boa, amistosa, mas o interesse dele era efetivamente me monitorar. Não só a mim como a minha família A mando do Renan."
"Fomos perceber mais na frente um pouco que não era solidariedade do Vandenbergue, ele estava sendo mandado pelo Renan para me monitorar. Como eu tinha uma boa relação com o Vandenbergue me foi oferecido para minha defesa o filho dele, que é advogado. Ele se apresentou para advogar de graça para mim Mas ele não é meu advogado."
Na avaliação de Delcídio, o diálogo entre Renan e Vandenbergue revela a preocupação do presidente do Congresso em tirar seu mandato, o que de fato ocorreu no dia 10 maio por um placar devastador - 74 senadores votaram pela saída de Delcídio, nenhum colega a seu favor.
"Dentro dessas condições, como um Eduardo Cunha, ou seja, tendo todas as rédeas do processo para julgar alguém e usado os poderes que tem, ele (Renan) manipulou minha cassação", protesta Delcídio. "O diálogo (com Vandenbergue) só confirma que Renan, o senhor dos anéis, deve ser afastado imediatamente. Não tem mais condições de comandar o Senado", disse.
Na avaliação do ex-senador, o áudio de Renan e Vandenbergue "caracteriza uma ação forte dele (Renan) de manipulação, igual à que o Eduardo Cunha promoveu no processo da Dilma (Rousseff). Ficou muito claro que Renan controla a situação. O cara está usurpando de um espaço que ele tem dentro do Senado, usando a presidência para fazer o que quer."
Delcídio analisou um outro áudio, em que Renan chama de "mau-caráter" o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. "Isso é muito grave, mostra mais uma vez como ele, Renan, é o senhor dos anéis. Ele manipula tudo. Fui cassado por livre arbítrio do senhor dos anéis. Queimou etapas do processo. Eu nunca vi, em treze anos de Senado, uma reunião da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) no próprio Plenário."
Para o ex-petista, Renan "tem medo, claro" de sua delação à Procuradoria-Geral da República. "Ele tinha compromissos com o Planalto, com senadores que se sentiam atingidos pela minha colaboração. Pensaram em me tirar o mais rápido possível e não deixar eu ir para o plenário. Não queriam que eu votasse o afastamento da Dilma. Essa fala dele no áudio demonstra nitidamente que ele tinha condições de manipular tudo. Esse áudio vai ser usado na minha defesa."http://novojornal.jor.br/
"Se eu conheço um pouco o Sérgio Machado o que ele deve ter falado nos depoimentos da delação dele à Procuradoria é brincadeira. Dez anos de Transpetro é muita coisa. Na minha colaboração eu falei especificamente do Sérgio Machado na Transpetro e da proximidade dele com o Renan. Ele despachava com o Sérgio na residência oficial da Presidência do Senado. É muito grave esse cenário. É o caos", finalizou.

ESSE É O CARA DE PAU QUE ALGUNS BRASILEIROS QUEREM ELEGEREM NOVAMENTE PRESIDENTE EM 2018

terça-feira, 24 de maio de 2016

Correr evita câncer
Praticar atividades físicas regularmente reduz o risco de desenvolver 13 tipos de câncer, de acordo com um estudo publicado ontem na revista da Associação Médica Americana (JAMA).


Caminhar, correr, nadar ou pedalar são exercícios que podem reduzir a chance de ter esse tipo de doença. E a frequência ideal, para os especialistas, é de 150 minutos por semana. Leia mais

Temer anuncia medidas econômicas e contra corrupção

temer no
O presidente Michel Temer antecipou a líderes partidários várias medidas na área econômica, como a devolução ao Tesouro Nacional de R$100 bilhões transferidos ao BNDES, e afirmou que, como Juscelino Kubitschek, “o governo não tem compromisso com o erro” e que não terá problemas de recuar de decisões que se revelem equivocadas.
Temer disse ainda que o governo jamais vai impedir ou dificultar investigações de esquemas corruptos, “ao contrário, vai incentivá-las”. O presidente citou a Constituição para reafirmar o compromisso de cumprir o princípio da moralidade.
Temer afirmou que, à frente da Presidência, quer cumprir a missão de ajudar a tirar o País da crise. Mas ponderou que isso não ocorrerá em “12 dias, dois meses, três meses”. “Vamos levar tempo”. O presidente afirmou que considerará a sua missão cumprida se conseguir entregar, em 2018, um País com eleições tranquilas. Por isso, insistiu na tese da necessidade de “pacificação nacional”. “Precisamos pacificar o Pais. Não podemos ficar nessa situação”, afirmou.

Eles roubaram o Brasil com força

dirceu rei da cela
A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira a 30ª fase da Lava Jato, intitulada Operação Vício. O alvo da 30ª fase são grandes empresas fornecedoras de tubos para a estatal, que atuavam com seus executivos, sócios, advogados e funcionários da Petrobras para sangrar os cofres da estatal e recolher propina. Os investigadores colheram indícios de que o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, já condenado no petrolão a mais de 23 anos de prisão, e o ex-diretor de Serviços Renato Duque, também já penalizado em mais de 50 anos de prisão pelo juiz Sergio Moro, faziam parte do esquema, que movimentou ao todo mais de 40 milhões de reais em propina.
A nova etapa da Lava Jato identificou que uma construtora de fachada foi utilizada para viabilizar o pagamento de propina em um expediente utilizado com frequência por criminosos do colarinho branco: a celebração de contratos fictícios de prestação de serviços. A transferência de dinheiro sujo também foi viabilizada por meio de uma offshore.

Temer questiona Henrique novamente sobre Lava-Jato

henrique bola da vez
Com receio da ampliação dos desgastes para o governo, o presidente em exercício, Michel Temer, e o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, sondaram o ministro Henrique Eduardo Alves (Turismo) sobre a possibilidade de ele deixar o cargo, em razão de possíveis desdobramentos da Operação Lava Jato.
Segundo a reportagem apurou, a conversa ocorreu ontem no mesmo dia em que o então ministro do Planejamento, Romero Jucá, foi afastado do cargo, após o surgimento de gravações realizadas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. No áudio, Jucá diz ao ex-dirigente que é preciso “mudar o governo (Dilma Rousseff) para poder estancar essa sangria”, numa referência às investigações da Lava Jato.
Ao ser abordado por Temer e Padilha, Henrique Alves minimizou as citações feitas contra ele nas investigações e ressaltou que não era réu e por isso gostaria de ficar no cargo. O ministro, que ocupou a mesma cadeira no governo Dilma, teve a casa vasculhada pela Polícia Federal em dezembro do ano passado em uma das fases da Lava Jato, batizada de Catilinárias.
Cláudio Humberto

Governo teme novas revelações comprometedoras de Sérgio Machado

A divulgação da gravação do diálogo do ex-ministro do Planejamento Romero Jucá com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado sobre a tentativa de barrar a Operação Lava Jato criou a primeira grande crise interna do governo interino de Michel Temer. Junto com o áudio, veio a preocupação de que outras pessoas da cúpula do PMDB, próximas ou não ao Planalto, possam ser atingidas em partes da conversa gravada que ainda não foram reveladas.
De acordo com interlocutores diretos de Temer, o presidente em exercício não teme ser citado, mas afirmam que há preocupação com relação a outros nomes do partido. Caso haja novas suspeitas, a solução tende a ser a mesma: afastamento imediato.
Com a saída de Jucá, Temer agora tem cinco ministros com investigações em curso no Supremo Tribunal Federal. Ele questionou todos, quando foram convidados, se teriam alguma pendência judicial. A resposta de Jucá teria sido tranquilizadora, assim como dos demais, segundo interlocutores. Temer, então, teria avisado a cada um e repetiria isso, na primeira reunião ministerial, de que não aceitaria qualquer tipo de desvio de "ordem moral", dizem. Reiterou ainda que, se houvesse problemas, o titular da pasta seria afastado.
Um dos casos que preocupam, por exemplo, é o de Henrique Eduardo Alves (Turismo). A casa do ministro foi alvo de busca e apreensão da Polícia Federal em dezembro do ano passado em uma das fases da Lava Jato.
Apesar de lamentar a perda de uma peça fundamental do seu governo, considerado um operador político importante neste momento de articulação para a aprovação de medidas no Congresso, Temer e seus auxiliares respiraram aliviados com a decisão de Jucá de se afastar do cargo. O ministro comunicou sua decisão a Temer assim que ele chegou ao Congresso para se reunir com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
<b>Bastidores</b>
Na manhã desta segunda-feira, 23, Jucá foi ao Palácio do Jaburu, residência do presidente em exercício, e disse a Temer que, se a gravação saísse integralmente, todos veriam que não haveria problemas. Pediu ainda que o presidente permitisse que ele se explicasse publicamente, o que foi feito em uma coletiva, no início da tarde.
Mas o estrago já estava feito e o governo precisava agir rápido. Temer informou que a defesa da Operação Lava Jato é ponto de honra para ele, assim como o combate à corrupção. Jucá ponderou que, da forma como estava sendo apresentada a gravação, todos ficavam em único balaio e que ele queria mostrar que, quem deve, precisa pagar, mas quem não deve precisava se defender. O ministro salientava ainda que queria se explicar e que, depois, então, Temer decidiria. O presidente em exercício disse que iria avaliar. "Vamos esperar o decorrer do dia", afirmou Temer a seus interlocutores, já tendo certeza de que manter um ministro sob investigação e sob tiroteio, em um momento em que seu governo precisa mostrar força no Congresso para aprovação de medidas econômicas, seria muito prejudicial.
A avaliação era de que a permanência de Jucá no posto contaminaria o governo Temer e a sua busca por credibilidade, por causa do seu discurso de posse, quando defendeu a Operação Lava Jato.
<b>Caciques</b>
O entendimento dentro do PMDB é o de que Machado, para se livrar das acusações das quais é alvo na Lava Jato, entregou caciques do partido, como o ex-presidente José Sarney e os senadores Renan Calheiros (AL), Romero Jucá (RR), Edison Lobão (MA) e Jader Barbalho (PA).
Segundo relatos, Machado, cearense que tem relação com o grupo há pelo menos 20 anos, chegou a tentar realizar um encontro com Jader em São Paulo, que só não foi possível em razão de o senador, na ocasião, estar internado no Hospital Sírio Libanês. Apesar de não ter conseguido falar com Jader, integrantes da cúpula do Senado têm como certo que Renan e Sarney não escaparam das gravações. http://novojornal.jor.br/

PMs são presos em ação para capturar ex-governador de Roraima






A Polícia Federal prendeu nesta segunda-feira, 23, dois policiais lotados na Casa Militar e que trabalham na segurança da governadora de Roraima Suely Campos (PP).
Os policiais militares são suspeitos de articular a fuga do ex-governador do Estado Neudo Campos, marido de Suely, da capital Boa Vista, para a Venezuela. O ex-governador é considerado foragido da Justiça Federal e procurado pela Interpol.
Os suspeitos, conforme as investigações, estariam atuando como "batedores" na fuga do ex-governador. Eles foram presos em flagrante por favorecimento pessoal e associação criminosa. Os policiais foram presos na BR-174, estrada que liga Boa Vista, capital de Roraima à Venezuela. Com eles, a PF apreendeu celulares, armas e rádio pertencentes ao Estado. Os suspeitos foram levados para o quartel da Polícia Militar. O inquérito será concluído em 15 dias.
O delegado Alan Robson, chefe da equipe responsável pela captura, diz que as buscas continuam e que estão cada vez mais próximos de prendê-lo.
"Neste caso o uso da máquina estatal é o que nos preocupa. A dupla trabalhava com objetivo de remover o ex-governador de Boa Vista para a Venezuela. Usavam armas e rádio da corporação policial, com uso do aparato estatal para proteção de um criminoso procurado pela Justiça", disse o delegado.
Por enquanto, as investigações da Polícia Federal indicam que Neudo Campos continua em Roraima e que pode ser preso a qualquer momento.
As residências do ex-governador situadas nos municípios de Pacaraima (fronteira com a Venezuela), e Amajari, onde Neudo tem uma fazenda, além da residência da governadora na capital Boa Vista seguem acompanhadas por agentes federais. "Todos que participaram dessa fuga e da ocultação da fuga do ex-governador serão presos e indiciados em inquérito policial. Ele tem usado de parte do braço estatal para fugir a aplicação da lei".
Além de Neudo Campos, a médica Suzete Macedo, esposa do senador Telmário Mota (PDT), também está foragida.
O ex-governador foi condenado por peculato pelo seu envolvimento no esquema de desvio de verbas públicas, conhecido como "escândalo dos gafanhotos", que consistia no cadastramento de funcionários "fantasmas" na folha de pagamento do Estado. A defesa do ex-governador não foi localizada.http://novojornal.jor.br/

TJ aprecia recebimento de denúncia do MP contra presidente da ALRN

Ezequiel Ferreira de Souza foi denunciado por corrupção passiva em fevereiro.
Ele teria recebido R$ 300 mil para agilizar projeto de lei de inspeção veicular.

Deputado Ezequiel Ferreira, presidente da Assembleia Legislativa do RN (Foto: João Gilberto/ALRN)
O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte(TJRN) vai decidir nesta quarta-feira (25) se recebe ou não a denúncia feita pelo Ministério Público Estadual contra o deputado Ezequiel Ferreira de Souza, atual presidente da Assembleia Legislativa. Ezequiel foi denunciado por corrupção passiva no caso da operação Sinal Fechado que investigou fraudes na implantação da inspeção veicular no Rio Grande do Norte.
O MPRN ofereceu denúncia contra o parlamentar a partir das informações prestadas por George Anderson Olímpio, que é réu na ação penal resultante da Sinal Fechado e firmou acordo de delação premiada com o MP. De acordo com a denúncia, o atual presidente da ALRN teria recebido R$ 300 mil para agilizar a tramitação do projeto de lei que instituía a inspeção veicular obrigatória no RN.
Com a denúncia, o Ministério Público Estadual pede a condenação de Ezequiel Ferreira por corrupção passiva e consequente perda do cargo, mandato eletivo ou função pública, além da suspensão dos direitos políticos como efeitos da condenação .http://g1.globo.com/

segunda-feira, 23 de maio de 2016

POLITICOS E PUXA-SACOS

O negócio poderá se complicar para Henrique Alves

henri e temer
O afastamento do ministro do Planejamento, Romero Jucá (PMDB-RR), fragiliza, na avaliação de peemedebistas, a situação de outro ministro do partido que também está sendo investigado na Lava-Jato: o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Na avaliação feita por peemedebistas, o presidente interino Michel Temer pode aproveitar o desgaste envolvendo Jucá e também já tomar providências em relação a Henrique Alves.
No início de maio deste ano, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu a inclusão do nome de Henrique Alves e outros políticos, entre ele o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no maior inquérito em curso da Lava-Jato. As evidências contra Alves apareceram em trocas de mensagens com executivas da OAS

Em áudio, ministro fala sobre pacto para barrar Lava Jato

romero_juca
Em conversas gravadas, o ministro do Planejamento, Romero Jucá, sugeriu um pacto ao ex-presidente da Transpetro [empresa subsidiária da Petrobras], Sérgio Machado, para barrar o avanço da Operação Lava Jato. Segundo o  jornal Folha de S. Paulo, que obteu a gravação dos áudios entre Machado e Jucá, a conversa aconteceu semanas antes da votação do impeachment na Câmara dos Deputados.
“Eu acho que a gente precisa articular uma ação política”, afirmou Jucá. “Tem que mudar o governo pra poder estancar essa sangria”, disse o atual ministro em referência ao avanço da operação.
Na conversa, Machado sugere que seja feito um pacto nacional com o presidente interino, Michel Temer. “É um acordo, botar o Michel, num grande acordo nacional”, diz. Em resposta, Jucá afirma que o pacto deveria envolver o Supremo Tribunal Federal (STF).
“Só o Renan [Calheiros] que está contra essa porra. Porque não gosta do Michel, porque o Michel é Eduardo Cunha”, diz o ministro sobre o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). “Ele ainda não compreendeu que a saída dele é o Michel e o Eduardo. Na hora que cassar o Eduardo, que ele tem ódio, o próximo alvo, principal, é ele. Então quanto mais vida, sobrevida, tiver o Eduardo, melhor pra ele. Ele não compreendeu isso não”.
Nos diálogos, eles citam que a situação dos políticos é grave. “Eles querem pegar todos os políticos”, disse o ex-presidente da Transpetro. Em seguida, o ministro do Planejamento cita líderes do PSDB. “Caiu. Todos eles. Aloysio [Nunes,], [José] Serra , Aécio [Neves]”.
“E o PSDB, não sei se caiu a ficha já”, diz Machado.
“Todo mundo na bandeja para ser comido”, rebateu Jucá.