A Igreja
quer aproveitar as eleições municipais desse ano para eliminar do pleito “os
candidatos cujas vida pregressa de acordo com a lei (da Ficha Limpa) contamina
o cenário político e ameaça a democracia” . Para tanto propõe ao seu rebanho e
aos eleitores em geral que não venda seu voto e nem o anule, pois quem anula o
voto “omite-se e renuncia à possibilidade de participar do processo político”.
Os conceitos estão no documento “Orientação sobre a participação dos católicos
nas eleições” distribuído nesta quarta-feira (6), pela Arquidiocese através do
arcebispo-primaz do Brasil e de Salvador, dom Murilo Krieger. (foto)

“A ideia é que os padres incentivem a leitura e a reflexão nos vários grupos. Enfim, queremos que todos tomem consciência, pois estamos preocupados com o seguinte: diante do que aparece na mídia sobre os políticos há o perigo das pessoas descrerem da política, acharem que é uma coisa ruim, quando ela é a arma do cidadão para se defender da corrupção. Se há corrupção é porque a escolha dos candidatos foi errada de quem os elegeu”, declarou, assinalando que além da tomada de consciência em relação ao voto, os brasileiros precisam acompanhar os mandatos de quem elege. “As pessoas devem acompanhar, se manifestar, elogiando quando uma coisa é bem feita ou reclamar das coisas erradas, através de e-mails e os vários meios de comunicação”. O arcebispo deu “graças a Deus” ao aparecimento da Lei da Ficha Limpa, e “uma lástima” aos ataques que a legislação sofre, e acredita haver a necessidade de se criar uma “cultura política do povo de cobrar dos seus representantes. E se o político representa bem merece ser reeleito, senão é melhor que não receba mais voto”.
Parabéns,
até que enfim a Igreja tomou uma atitude correta de acabar com tanto protecionismo
na política Brasileira, será que os políticos ficha sujas irão desta vez
confessarem os seus desvios de verbas públicas ou temerão irem a igreja? Cujas
Leis foram feitas para favorecer candidatos que tem um passado sujo, essa
limpeza tem que ser feita a partir do voto consciente e da participação do
cidadão fiscalizando os candidatos. O caminho é esse mesmo, só assim talvez tenham
um Brasil melhor, para as futuras gerações, acorda São Pedro, mudança já.