
A Secretaria de Segurança Pública e Defesa do Rio
Grande do Norte (Sesed) manteve contato com líderes de facções criminosas para
tentar retomar nesta semana o controle da penitenciária estadual de Alcaçuz, na
Grande Natal. O presídio, o maior do Estado, foi palco da matança de pelo
menos 26 detentos no fim de semana. O secretário da Sesed, Caio
Bezerra, disse que as facções foram informadas que a polícia não iria mais
permitir confrontos entre criminosos.
Uma delegada de Polícia Civil e um oficial da Polícia
Militar comandam as conversas com criminosos. O objetivo é evitar que haja
novos confrontos entre os integrantes das facções. "Nós os procuramos e
dissemos que os conflitos tinham que parar, que não iríamos mais permitir
confrao Departamento Penitenciário Federal (Depen) a solicitação de transferência desses criminosos e de outros 13.
Os integrantes do PCC ocupam o presídio Rogério Coutinho Madruga, conhecido como pavilhão 5 de Alcaçuz. Dos outros quatro pavilhões de Alcaçuz, três abrigam integrantes do Sindicato do RN, facção criminosa que rivaliza com o PCC pelo comando de unidades prisionais e, principalmente, o tráfico de drogas no Estado. A delegada e o PM conversam com os chefes das duas facções.
A negociação com presos por parte da PM começou na segunda-feira (16), quando homens do Batalhão de Choque entraram em Alcaçuz e debelaram, por algumas horas, a rebelião iniciada na tarde do sábado (14).
Na terça (17), uma reunião entre Bezerra, da Segurança Pública, o secretário de Justiça e Cidadania (Sejuc), Wallber Virgolino, e outros integrantes do setor de inteligência do governo do estado decidiu que as negociações serão encabeçadas pelos dois policiais designados.
Na rebelião iniciada no sábado, celas e salas do Rogério Coutinho – uma das poucas unidades prisionais do RN que ainda estava em perfeito funcionamento – foram destruídas. Em Alcaçuz, essa destruição aconteceu em março de 2015 e desde então o presídio não tem grades nas celas. Os presos passam os dias soltos pelos pavilhões e pátios.ontos dentro de Alcaçuz", disse Caio Bezerra.
"Sabíamos
que existia dois grandes túneis nos pavilhões 1 e 2 do presídio e que havia possibilidade
de fuga, que acabou evitada. Também definimos o método das transferências que
foram realizadas nesta quarta", completou o secretário.
Os
policiais negociadores querem saber quais são os pedidos dos presos e avaliar a
possibilidade de atendê-los. Um dos pedidos já é conhecido: os cinco detentos
identificados como chefes do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção
criminosa paulista com ramificação em vários estados, querem ser transferidos
para alguma penitenciária federal. O governo do estado já enviou
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