Lula trata os brasileiros como se fossem uns idiotas!
Sem despesas pessoais, pelo menos, durante os 8 anos em que
governou o país, e tendo recebido rios de dinheiros de empreiteiras para fazer
palestras e, desconfia-se, lobby, nada mais natural do que Lula dispor de renda
suficiente para comprar um tríplex com vista para o mar na praia do Guarujá, e
reformar seu sítio em Atibaia, interior de São Paulo.
Mas não é disso que se trata. Trata-se do que existe de
escandaloso, de imoral, de agressão à ética pública em se aceitar “agrados” de
empreiteiras fornecedoras do governo.
Vejam que nem falo da suspeita de que as reformas do seu
apartamento no Guarujá e do sítio em Atibaia serviram para que a OAS e a
Odebrecht o remunerassem por fora.
Caberá ao Ministério Público e, mais tarde à Justiça, dizer se a
suspeita tinha cabimento ou não.
Um homem público não pode aceitar regalos de quem quer que seja,
muito menos de quem está sujeito aos efeitos de suas possíveis decisões.
É por isso que mesmo um presidente da República, ou principalmente
ele, é proibido de receber presentes que excedam determinado valor.
A condição de ex-presidente ou de ex qualquer coisa que dependa do
voto, não libera ninguém da obrigação de se comportar com sobriedade, bom
senso, e respeito ao que manda a lei ou o consenso social.
Lula não é um ex-homem público. Continua sendo um homem público. E
costuma apresentar-se como a “alma viva mais honesta” do país.
Ou, num surto de modéstia incontida, como uma das almas vivas mais
honestas. De resto, como ele mesmo admite, ainda poderá ser candidato à
presidência da República. Seria a sexta vez.
Só um idiota acreditará na história de que a OAS gastou mais de um
milhão de reais para reformar um tríplex que poderia ou não vir a interessar a
Lula.
Ela o reformou, sim, para atender às exigências do casal Lula da
Silva, que só renunciou ao mimo porque a maracutaia acabou descoberta.
Quanto ao sítio, onde a Odebrecht gastou, pagando com dinheiro
vivo, mais de R$ 500 mil: certamente Lula dirá que não lhe pertence. Que está
registrado em nome de dois sócios de um dos seus filhos.
Isso significa que a Odebrecht gastou uma boa nota com um sítio de
terceiros só porque o ex-presidente, de vez em quando, lá se hospeda.
Quanta generosidade! Quanto cinismo!
Em respeito à inteligência coletiva, recomenda-se a Lula que
invente outra desculpa para a reforma do sítio de Atibaia. A do tríplex não
colou.
Por
Noblat
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