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quinta-feira, 14 de maio de 2015

Colunista insinua que Reta da Tabajara foi usada como moeda eleitoreira na campanha de Henrique

Dia sim dia não aparece nas folhas locais deputado requerendo ao Dnit o reinicia das obras de duplicação da“Reta Tabajara” e também de serviços em outras rodovias federais, algumas delas que nem saíram do papel do agrimensor de antigamente.  Tudo isso não passa de encenação  tão comum no nosso rico teatro burlesco da politica local. Há estradas, federais e estaduais, por este Rio Grande do Norte que permanecem penduradas nas pranchetas há décadas. Nas pranchetas e nos discursos das campanhas eleitorais.
Nos últimos tempos a estrada da moda é a “Reta da Tabajara”, que já é uma farsa avalizada pela Dnit com o endosso dos políticos e da mídia. Apresenta-se como um projeto de duplicação de um trecho de 28 quilômetros quando  na verdade a Reta verdadeira não ´passa de seis. O superfaturamento já é visível na sua extensão.  A Reta a ser duplicada  é um trecho da BR-304, incluindo a Tabajara, com 18 quilômetros de extensão que vai do começo da  Reta propriamente ditada, onde ela se bifurca – de um lado para Mossoró (BR-304) – e, do outro lado, no rumo do Seridó (BR-226). Dessa bifurcação até a Rotatória de Macaíba, o trecho verdadeiramente a ser duplicado é de 18 quilômetros. Os dez que sobram – Macaiba/Viaduto de Parnamirim – já foram duplicados há uns 15 anos.
Outro aspecto burlesco dessa história: a Reta Tabajara, a falsa,  que se oferece ao público é a única reta do mundo com curvas. Do final da Reta Tabajara (vindo do Seridó ou de Mossoró) até chegar ao Posto da Policia Rodoviária, imediações de Macaíba,  o trecho tem várias curvas, algumas fechadas, sem falar nas subidas e descidas, morros circundantes.
Ano passado, nas vésperas das eleições, a Reta Tabajara ocupou as páginas dos jornais e os discursos dos candidatos. As obras seriam iniciadas. Foram.  Canteiro montado. Placas e mais placas anunciando a obra. Dezenas de tratores cortando o platô da reta verdadeira. Dois meses depois,  obras  suspensas. A empreiteira juntou de volta as máquinas, derrubou o canteiro e se mandou. Ficaram os buracos da Reta e os montes de barro por onde cresce o mato, o melão de São Caetano.
De uns três meses pra cá  os políticos voltaram a falar no reinicio das obras. É mais um encenação da comédia (ou o certo seria tragédia?) que  se acolhe nos requerimentos apresentados na Assembleia Legislativa. Os nossos governantes insistem em não revelar a realidade, galopando na mula estradeira da fantasia, do irreal.  O Brasil real, gente, é outro, muito diferente deste que se vê nos palanques.
Por Woden Madruga – Tribuna do Norte

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