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quarta-feira, 15 de abril de 2015

Ney Lopes fala que fusão entre PTB e DEM é “Tudo por Dinheiro”

Ney Lopes: “PTB e DEM fazem verdadeira transação comercial. Diria com propriedade Sílvio Santos: ‘Tudo por dinheiro!’”

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A fusão entre Democratas e o PTB pode até acontecer, mas não está sendo fácil convencer os correligionários locais que ela é boa para ambos. Nesta terça-feira, o deputado estadual José Adécio (DEM), criticou a fusão. Hoje, foi a vez do ex-deputado federal e ex-membro da executiva estadual da sigla, Ney Lopes, criticar. Este, no entanto, foi mais duro em suas palavras e comparou a união de siglas divergentes ao programa de Silvio Santos “Tudo por dinheiro”
“Vergonha nacional episódio político como o relatado na conceituada coluna do jornalista Claudio Humberto. PTB e DEM fazem verdadeira transação comercial. Diria com propriedade Sílvio Santos: ‘Tudo por dinheiro!’ Isso a luz do meio dia”, afirmou Ney Lopes, ao comentar nota publicada por Claudio Humberto se referindo a fusão.
Segundo o colunista, “senadores e deputados do partido são contrários à incorporação, mas o que pesa mesmo, como sempre, é a grana: a cúpula do PTB está de olho no “dote” do DEM, que é o valor do Fundo Partidário do partido. O PTB embolsou R$ 11,9 milhões e o DEM R$ 14,8 milhões no ano passado. Em 2015 isso deve triplicar. Decisão indecorosa do Congresso aumentou o Fundo Partidário, que foi de R$ 289,5 milhões em 2014, para R$ 867,5 milhões este ano. O dinheiro fácil do Fundo Partidário, abastecido pelo Tesouro, garantiu só este ano R$ 2,4 milhões para o DEM e R$ 2,3 milhões para o PTB”.
E, diante disso, Ney Lopes não perdoou. “O Fundo Partidário no Brasil é uma imoralidade amparada pelo princípio constitucional da autonomia partidária, que assegura aos partidos poder absoluto para manejar e aplicar recursos de origem pública. Daí eu sempre afirmar, que uma reforma política ‘prá valer’ terá que alterar a Constituição em alguns pontos, sobretudo no que diz respeito aos partidos políticos”, afirmou o ex-deputado federal do DEM.
“Autonomia partidária deve existir. Não se pode transformar um partido em Cartório. Porém, com limites e fiscalização rígida dos próprios filiados e de órgãos como o TCU. Tudo isso para evitar o ‘mercado persa’ de partidos como o PTB e o DEM, que encaminham uma fusão pensando exclusivamente em ‘dinheiro’ (leia-se – Fundo Partidário), jogando coerência e ideologia na lata do lixo. Vergonhoso!”, exclamou o parlamentar. JORNAL DE HOJE

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