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segunda-feira, 30 de maio de 2016

PENSANDO BEM...
“O governo ou o sistema quer mentes fechadas, topeiras,
burras. Afinal, teme perder o poder para os supostos concorrentes.” Autor desconhecido.

Ministro da Transparência critica Lava Jato

transparencia

O Fantástico teve acesso a novos trechos de conversas gravadas pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado. Desta vez, em uma reunião na casa do presidente do Senado, Renan Calheiros, do PMDB, com a participação do atual ministro da Transparência, Fiscalização e Controle, Fabiano Silveira, quando ele ainda era conselheiro do Conselho Nacional de Justiça.
Segundo Sérgio Machado, na conversa houve troca de reclamações sobre a Justiça e a Lava Jato. Na gravação, Fabiano Silveira faz críticas à condução da Lava Jato pela Procuradoria e dá conselhos a investigados na operação.
Neste mês, ele assumiu o Ministério da Transparência, responsável pela fiscalização, controle e ações do governo para combate à corrupção. O ministério foi criado pelo presidente em exercício Michel Temer no lugar da antiga Controladoria-Geral da União.
Funcionário de carreira do Senado, Fabiano Silveira atuava no Conselho Nacional de Justiça. Era conselheiro do CNJ, para onde tinha sido indicado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, quando foi escolhido para ser ministro da Transparência, Fiscalização e Controle do governo Temer, o órgão que substituiu a Controladoria-Geral da União.

Justiça Federal do RN condena ex-prefeito de Ielmo Marinho

hostilioO ex-prefeito de Ielmo Marinho, Hostílio José de Lara Medina, sofreu duas condenações pela Justiça Federal do Rio Grande do Norte. As sentenças, aplicadas pelo Juiz Federal Hallison Rego Bezerra, titular da 15ª Vara, sediada em Ceará-Mirim, foram punições pelos crimes de responsabilidade e fraude em processo licitatório.
O magistrado acolheu a denúncia de que o ex-prefeito alegando calamidade pública dispensou indevidamente a licitação para construção de 66 casas populares. O Juiz Federal Hallison Bezerra determinou a pena de cinco anos de detenção e o pagamento de multa no valor de 4% do valor do contrato, que foi de R$ 300 mil. Além do ex-prefeito foram condenados ainda outras duas pessoas que atuavam na empresa I. M. Comercial LTDA, contratada para obra.
O ex-prefeito de Ielmo Marinho também foi condenado pela prática de improbidade administrativa pela prática de frustração de caráter competitivo das licitações, liberação indevida de verbas públicas, concorrência para o enriquecimento ilícito de terceiro e facilitação para a incorporação de verbas públicas ao patrimônio particular. O fato ocorreu em convênio celebrado com o Governo Federal no valor de R$ 195.677,20 para a construção de uma unidade de saúde, que foi apenas parcialmente concluída.
O político e a construtora foram condenados a ressarcir R$ 71.850,08 aos cofres públicos. Além disso, a sentença judicial suspendeu os direitos políticos de Hostílio José de Lara Medina. Já a construtora a G. M. Construções e Empreendimentos LTDA está proibida de contratar com o serviço público pelo período de cinco anos.

Citado em novas gravações, ministro da Transparência nega irregularidades 

O ministro da Transparência, Fiscalização e Controle, Fabiano Silveira, negou ter cometido irregularidades durante as conversas gravadas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, reveladas pelo Fantástico neste domingo, 29.
Nos áudios registrados há cerca de três meses, quando Silveira ainda era do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ele aconselha Machado e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), sobre como deveriam agir em relação às investigações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Atualmente, Silveira comanda pasta estratégica para medidas de combate à corrupção no País. 
Em nota, o ministro alega que esteve "de passagem" na residência oficial do presidente do Senado na ocasião em que a conversa foi gravada, que não sabia da presença de Machado na reunião e que eles não têm nenhuma relação, pessoal ou profissional.
"(Silveira) esteve involuntariamente em uma conversa informal e jamais fez gestões ou intercedeu junto a instituições públicas em favor de terceiro", afirma o texto divulgado pela sua assessoria de imprensa. Ele diz ainda que "chega a ser despropósito" sugerir que o Ministério Público, uma instituição que demonstra independência e altivez, "possa sofrer qualquer interferência externa". 
Funcionário de carreira do Senado, Fabiano Silveira foi indicado para o CNJ pelo próprio Renan, no ano passado. Entre as competências dos conselheiros do Ministério Público, cargo ocupado por Silveira na época, está "a fiscalização administrativa, financeira e disciplinar do MP em prol do cidadão". 
A conversa entre Silveira, o presidente do Senado e Machado ocorreu poucos meses antes de sua indicação para o ministério da Transparência pelo presidente em exercício Michel Temer. A pasta substituiu a Controladoria-Geral da União (CGU) e será responsável pelo novo marco legal para os acordos de leniência para empresas envolvidas com corrupção. 
No áudio, Renan mostra-se preocupado com um dos inquéritos a que responde no Supremo Tribunal Federal (STF), que investiga ele e Machado por supostamente terem recebido propina para favorecer um consórcio de empresas em licitação para renovar a frota da Transpetro. 
Na gravação, Renan diz a Silveira que está preocupado com um recibo. Silveira então discute com eles a estratégia de defesa nesse caso e aconselha Renan a não entregar uma versão dos fatos, pois isso daria à Procuradoria condições de rebater detalhes da defesa.
Em outro trecho, o atual ministro faz críticas à condução da investigação da operação Lava Jato pela PGR e diz que o procurador-geral, Rodrigo Janot, e os demais procuradores estão "perdidos". 
A reportagem do Fantástico revela ainda uma outra conversa, de 11 de março, sem a presença de Fabiano Silveira, na qual Renan e Sérgio Machado comentam a atuação do atual ministro, que teria ido falar com Janot, depois da reunião que tiveram em 24 de fevereiro. Na conversa, o presidente do Senado relata que não acharam nada contra ele e que Janot o teria chamado de "gênio".
Na reunião que ocorreu em fevereiro, também estava presente o advogado e ex-assessor de Renan, Bruno Mendes, e pelo menos um outro homem que não foi identificado. Procurada, a assessoria de imprensa do presidente do Senado não respondeu. A defesa de Machado também não retornou às ligações. O presidente Michel Temer e o procurador-geral da República não quiseram comentar as gravações. 
Votações
Questionado se a série de vazamentos envolvendo a cúpula do PMDB poderia atrapalhar as votações no Congresso Nacional e enfraquecer a base aliada de Temer, o líder do governo na Câmara, André Moura (PSC-SE), negou. 
Para Moura, os áudios "nada têm a ver com o governo Temer". "São gravações que não envolvem Temer, e sim a operação Lava Jato do governo do PT, a oposição deveria se lembrar disso. Todas essas gravações fazem referência ao governo da presidente afastada Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula", declarou.
O líder acredita que os áudios vazados do senador Romero Jucá (PMDB-RR), então ministro do Planejamento, demonstraram uma prova de força da base aliada. "Recentemente nós tivemos um exemplo do que aconteceu com o então ministro Jucá, em que a base se comportou da forma que esperávamos, então eu não posso comentar muito porque não assisti ainda a reportagem completa, mas entendo que essas questões a gente não pode misturar. Essa é uma questão do governo, tem que separar do Legislativo."http://novojornal.jor.br/

Autor de homicídio no RN, PM tem liberdade negada; vídeo mostra morte

Assassinato aconteceu no dia 29 de abril, no bairro Recreio, em Caicó.
Na última sexta (27), Justiça liberou vídeo que mostra momento do crime.
O cabo da Polícia Militar Edwilson Alves de Oliveira, acusado de matar um homem em Caicó, no Seridó potiguar, teve a liberdade negada na última terça-feira (24). A execução aconteceu no dia 29 de abril em frente a um bar no bairro Recreio. Ele se entregou e foi preso preventivamente após o crime. O vídeo, que mostra o momento em que Alan Muricélio de Araújo é morto (veja acima), foi liberado pela Justiça nesta sexta-feira (27).
gravação é do circuito de segurança do bar. Alan Muricélio, que também era conhecido como 'Murilo', chega ao estabelecimento em uma motocicleta às 13h26. Às 13h54, o policial Edwilson também chega em uma moto, entra no bar e pega uma cerveja. Ele espera Alan sair e, às 14h23, atira à queima-roupa. Já às 14h31, um carro da Polícia Militar chega ao local.
Sildilon Maia, advogado do policial, alega que o acusado agiu em legítima defesa porque estava sendo ameaçado. "Ele chegou a ser ameaçado pessoalmente por Alan Muricélio, inclusive, na frente de dois policiais", afirmou.
Crime aconteceu no dia 29 d abril de 2016; Autor do homicídio, PM continua preso  (Foto: Reprodução)
Ainda segundo o advogado, o policial Edwilson era muito ligado ao cabo Edinaldo da Costa Rangel, que foi assassinado na cidade no dia 19 de abril. "Essa morte causou preocupação em todos os policiais. Edwilson achou que seria o próximo a ser executado", ressaltou.
No dia seguinte, quatro homens foram mortos a tiros em um confronto armado com a PM em um sítio na região do bairro Recreio, onde foram apreendidos uma pistola, dois revólveres e drogas. "Ao que tudo indica, o dono da boca de fumo era Alan Muricélio. Ele acreditava que o policial Edwilson teria indicado o local onde a droga era comercializada", afirmou.
O juiz Luiz Cândido de Andrade Villaça rejeitou o pedido de relaxamento da prisão com base no vídeo que mostra o assassinato. "Ora, sendo nítida a existência de indícios no sentido de que o acusado teria premeditado o crime, transparece a sua periculosidade e possível desapego com as normas de condutas da sociedade, sendo a custódia cautelar medida adequada para evitar a propagação criminosa de suas atividades", escreveu em sua decisão.
"As imagens acostadas aos presentes autos são chocantes e demonstram, ao menos em princípio, que a versão contada pelo acusado quando de sua oitiva perante autoridade policial é falsa e que, talvez, tenha se perpetrado verdeiro ato de execução da vítima que, além de estar aparentemente desarmada, não esboçou qualquer reação, tentando se evadir do local a fim de, em vão, salvar sua vida. Evidentemente que isso deverá ser apurado em sede de instrução processual, mas não existe como desprezar o teor do vídeo captado e a frieza aparentemente demonstrada pelo acusado que, após visualizar a vítima no interior do bar onde ocorrera o fato, ficou pacientemente aguardando-a ingerindo bebida alcoólica", relatou o juiz.
De acordo com o advogado, o juiz desconsiderou o contexto e a colaboração do cliente, que se apresentou espontaneamente e entregou a arma, além de ajudar nas investigações. Sildilon informou que a Associação dos Policiais Militares do Seridó vai protocolar um novo pedido de liberdade. O cabo Edwilson está preso no Batalhão da PM em Assu. G1/RN

sábado, 28 de maio de 2016

Delator cita Henrique Alves e líderes do PMDB em esquema de corrupção

henrique bola da vez
O ex-deputado federal pelo PP Pedro Corrêa, preso pela Operação Lava Jato, cita em delação premiada vários deputados, senadores, ministros, ex-ministros e, pelo menos, um governador, como corruptos. Corrêa afirma ainda que o ex-presidente Lula articulava o esquema de corrupção na Petrobras. A delação de Pedro Corrêa aguarda a homologação do ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal.
De acordo com a revista, o delator teria contado sobre um encontro dos senadores Renan Calheiros, Romero Jucá, Jader Barbalho e Henrique Eduardo Alves com diretores Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró e o lobista Jorge Luz. Segundo a Veja, os caciques do PMDB cobraram alto para apoiar a permanência de Costa e Cerveró na Petrobras: 18 milhões de dólares em propina que deveria ser paga a tempo de financiar a campanha do ano – receberam 6 milhões de dólares.
De acordo com a revista, Pedro Corrêa disse que atual ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, ficava com parte de tudo o que era arrecadado pelo esquema do PMDB. Eduardo Cunha recebeu parte dos 6 milhões de dólares e o ex-ministro e atualmente senador Edison Lobão tinha participação nos contratos com as grandes empreiteiras.

Ex-deputado afirma que lula indicou “homem forte” do esquema na Petrobras

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O ex-deputado federal e ex-presidente do Partido Progressista, Pedro Corrêa, declarou, em acordo de delação premiada com Ministério Público Federal (MPF), que o ex-presidente Lula, além de ter conhecimento de todo o esquema de propinas dentro da Petrobras, seria o responsável pela indicação de Paulo Roberto Costa para a diretoria da estatal. Este seria considerado um dos principais ‘homens fortes’ que comandariam  o repasse de dinheiro aos beneficiados pelo Petrolão e que teria ligação direta com o petista.
Apesar de ainda não constar como homologado pela Justiça, o acordo apresenta, em determinados trechos, relatos dos diálogos de Lula com o ex-presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra. O assunto entre ambos era somente um: a nomeação do homem de confiança de Lula, para ocupar um cargo estratégico para o esquema dentro da diretoria da empresa.

Dois executados a tiros ontem em Natal

revolver apontadoA capital potiguar registrou na noite desta sexta-feira (27) dois crimes de homicídio a tiros. Umas das vítimas, ainda não identificada, teria sido morta durante uma troca de tiros.
No bairro das Quintas, um homem ainda não identificado, foi morto a tiros na Rua dos Bandeirantes. A Polícia Militar foi informada que gangs rivais estariam se enfrentando no bairro. Populares informaram que o homem que morreu era membro do sindicato do crime e que teria sido um dos que estavam trocando disparos de arma de fogo em via publica. Diligências foram realizadas, mas ninguém foi preso. O caso será investigado pela polícia Civil.
Já no bairro do Planalto, Anderson da Silva Oliveira, 18 anos, também foi executado a tiros na Rua Dom Antonio de Almeida Lustosa. Moradores do local não souberam informar como teria acontecido o crime. Apenas que ouviram disparos de arma de fogo e quando saíram já encontraram Anderson sem vida.
190 RN

Áudios provam o golpe… do PT contra o erário

lula lalau
Os historiadores fascinarão os brasileiros do futuro quando puderem se pronunciar sobre os dias atuais sem se preocupar em saber o que vai sobrar depois que a turma da Odebrecht começar a suar o dedo. O relato sobre o apocalipse do PT no poder encontrará a exatidão no exagero. Buscará paralelos na dramaturgia grega ao relatar como o petismo saiu da História para cair na vida.
No início desta semana, o PT imaginou que poderia reescrever a história a partir da gravação de uma conversa em que Romero Jucá insinua para Sérgio Machado que a queda de Dilma e a ascensão de Temer poderia resultar num “pacto” para “estancar a sangria” da Lava Jato. Está confirmado o golpe, alardearam Dilma e os petistas.
Passaram-se os dias. Sobrevieram as gravações dos diálogos que Machado travou com Renan Calheiros e José Sarney. Veio à luz a delação do ex-deputado Pedro Corrêa, do PP. Antes que pudesse comemorar uma mudança dos ventos, o PT viu-se enredado num redemoinho que o devolveu rapidamente à defensiva.
Numa das conversas colecionadas por Machado, Sarney declarou que a própria Dilma pediu dinheiro à Odebrecht para nutrir a caixa registradora de sua campanha e remunerar o marqueteiro João Santana. Previu que madame será abatida numa confissão da turma da empreiteira, “metralhadora ponto 100”.
Em sua delação, Corrêa iluminou o submundo em que Lula se meteu para comprar apoio congressual com dinheiro roubado da Petrobras. Estilhaçou a retórica do “eu não sabia” ao relatar reuniões em que o morubixaba do PT apartou brigas dos aliados por dinheiro ilegal e ordenou a nomeação de diretores larápios para a estatal petroleira.
Quando puder relatar à posteridade tudo o que sucedeu, a História descreverá uma fantástica sequência de fatos extraordinários acontecidos com pessoas ordinárias em todos os sentidos. E concluirá que houve, de fato, um golpe no Brasil. Um golpe do PT e da quadrilha que gravitou ao seu redor contra o erário.
Blogue do Josias de Souza

‘Facções do RN são desorganizadas e fracas’, diz secretário de Segurança

G1/RN – O secretário de Segurança Pública do Rio Grande do Norte, general Ronaldo Lundgren, se pronunciou na manhã deste sábado (28) sobre uma foto de sete armas de fogo que vem circulando nas redes sociais. A imagem foi atribuída ao conflito ocorrido na noite desta sexta-feira (27) na ‘Favela do Japão’, como é mais conhecida a comunidade Novo Horizonte, no bairro das Quintas, Zona Oeste de Natal. Na ocasião, um homem foi morto. Para o secretário, “a foto é uma propaganda interna de uma facção criminosa que não tem efeito nenhum de intimidação”.
Ainda de acordo com o secretário, que enviou as declarações ao G1 por meio de sua assessoria de comunicação, “as facções que atuam no estado são grupos desorganizados e fracos, e que de forma nenhuma as forças policiais do estado mudarão a forma de agir”. A ordem, ainda de acordo Lundgren, “é ir pra cima”.

Moro diz que prisão não basta para combater corrupção

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O juiz federal Sérgio Moro, responsável pela investigação da Operação Lava Jato, disse hoje (28) que a prisão de investigados não basta para combater a corrupção no país. De acordo com o juiz, também é necessário recuperar os valores desviados pelos criminosos, por meio de acordos de cooperação internacional ou de delação premiada. Moro participou nesta manhã de uma conferência sobre combate à corrupção em João Pessoa.
Moro destacou a importância dos acordos de cooperação internacional, principalmente com a Suíça, para repatriar ao Brasil recursos desviados da Petrobras para contas secretas no exterior. O juiz citou o caso de Pedro Barusco, ex-gerente da estatal e um dos delatores do esquema de corrupção, que tinha cerca de U$S 100 milhões depositados fora do país e devolveu a quantia após assinar um acordo de delação.

Desembargadores alegam suspeição e denúncia contra Ezequiel vai ao STF 

Quatro desembargadores alegaram suspeição para julgar a aceitação da denúncia do Ministério Público contra o presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte (ALRN), deputado Ezequiel Ferreira de Souza (PSDB). Com isso, nove dos 15 desembargadores alegaram falta de imparcialidade para julgar o caso. Antes, cinco já haviam se considerado suspeitos para receber a ação.
Alegaram suspeição nesta quarta-feira (25) o presidente do Tribunal de Justiça, Cláudio Santos, e os desembargadores Virgílio Macêdo, Zeneide Bezerra e Amaury Moura Sobrinho. Desse modo, o processo não poderá ser julgado no TJRN, pois o quórum é insuficiente - precisaria da metade mais um. O relator, desembargador Vivaldo Pinheiro, deverá enviar a denúncia ao Supremo Tribunal Federal.
Ezequiel é acusado pelo Ministério Público do Estado de participação no caso descortinado pela operação Sinal Fechado, que identificou um esquema fraudulento relativo à implantação do programa de inspeção ambiental veicular na frota de veículos em circulação no Rio Grande do Norte.
O MPRN ofereceu denúncia contra o parlamentar a partir das informações prestadas pelo colaborador George Anderson Olímpio Silveira, que é réu na ação penal resultante da Sinal Fechado que tramita na primeira instância. George Olímpio garantiu ter ajustado o pagamento da quantia de R$ 300 mil reais com o Deputado Ezequiel Ferreira, a fim de que este votasse favoravelmente e intercedesse junto aos demais deputados na Assembleia Legislativa pela aprovação célere do projeto de Lei nº 213/09 (Programa de Inspeção e Manutenção de Veículos do Estado do Rio Grande do Norte).
Com a denúncia, o Ministério Público Estadual pede a condenação de Ezequiel Ferreira por corrupção passiva e consequente perda do cargo, mandato eletivo ou função pública, além da suspensão dos direitos políticos como efeitos da condenação.http://novojornal.jor.br/

Disputa entre facções gera noite violenta e uma morte na Favela do Japão

Uma disputa entre facções criminosas rivais causou uma morte na noite desta sexta-feira (27) na comunidade Novo Horizonte, mais conhecida como 'Favela do Japão', localizada na Zona Oeste de Natal. As informações são da assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Segurança. Ainda não foram divulgadas mais informações sobre a vítima.

A tomada de posse pelo comando do tráfico de drogas entre duas facções criminosas na região causou uma noite violenta para a comunidade, no entanto, não resultou em nenhuma prisão já que todos os envolvidos conseguiram escapar antes que o Batalhão de Choque percorresse a comunidade, junto com o secretário de Segurança Pública do Rio Grande do Norte, Ronaldo Lundgren, que, usando um colete a prova de bala, também participou da operação policial.
 
Vale ressaltar que das 600 mortes violentas registradas nos últimos 4 meses, 365 delas tiveram alguma relação com as Drogas, de acordo com o último estudo da Coordenadoria de Informações Estatísticas e Análises Criminais (COINE). A Polícia Militar já apreendeu apenas neste ano cerca de duas toneladas de drogas no Rio Grande do Norte.

PM realiza operação para prender suspeitos de estupro coletivo no Rio

Policiais militares do Grupo de Ações Táticas realizam na manhã deste sábado (28) uma grande operação na comunidade São José Operário, conhecido como morro da Barão, na Praça Seca, zona oeste do Rio. O objetivo é identificar e capturar criminosos que participaram do estupro coletivo de uma adolescente de 16 anos no fim de semana passado. Houve tiroteio e, até agora, um suspeito foi detido.
De acordo com a PM,e do Batalhão de Ação com Cães (BAC). Além de capturar os agressores, a ação visa a "dar maior sensação de segurança à população", diz a corporação em nota.
O morro da Barão é o local onde a adolescente foi estuprada por 33 homens, segundo o depoimento da própria jovem à polícia. Ontem, a Polícia Civil já havia realizado uma operação para cercar a casa onde teria ocorrido o crime e realizar a perícia do local.
Na entrada dos policiais na comunidade durante a operação desta manhã, não houve resistência, de acordo com a PM. Porém, no ponto alto do morro, próximo à mata, alguns criminosos dispararam contra os agentes, e houve "breve confronto", sem feridos.
Além do suspeito detido, ainda não identificado, a polícia apreendeu drogas e recuperou dois veículos roubados, um Corolla e um Gol. O caso será registrado na Cidade da Polícia, sede das delegacias especializadas na zona norte do Rio e onde o caso do estupro está sendo investigado.http://novojornal.jor.br/

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Delações da Odebrecht são metralhadora ponto 100, diz Sarney

Em conversas gravadas pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, que assinou um acordo de delação premiada com a PGR (Procuradoria-Geral da República), o ex-presidente da República José Sarney (PMDB-AP) afirmou que uma delação premiada que a empreiteira Odebrecht estaria prestes a fazer na Operação Lava Jato "é uma metralhadora de [calibre] ponto 100".
O ex-presidente fez o comentário depois que Machado afirmou que o número de delações na Lava Jato iria aumentar, viriam "às pencas". As informações foram publicadas pela Folha de São Paulo.
Acompanhe abaixo a íntegra das transcrições:
Primeira conversa
Sarney - Olha, o homem está no exterior. Então a família dele ficou de me dizer quando é que ele voltava. E não falei ontem porque não me falou de novo. Não voltou. Tá com dona Magda. E eu falei com o secretário.
Machado - Eu vou tentar falar, que o meu irmão é muito amigo da Magda, para saber se ele sabe quando é que ela volta. Se ele me dá uma saída.
Machado - Presidente, então tem três saídas para a presidente Dilma, a mais inteligente...
Sarney - Não tem nenhuma saída para ela.
Machado -...ela pedir licença.
Sarney - Nenhuma saída para ela. Eles não aceitam nem parlamentarismo com ela.
Machado - Tem que ser muito rápido.
Sarney - E vai, está marchando para ser muito rápido.
Machado - Que as delações são as que vem, vem às pencas, não é?
Sarney - Odebrecht vem com uma metralhadora de ponto 100.
Machado - Olha, acabei de sair da casa do nosso amigo. Expliquei tudo a ele [Renan Calheiros], em todos os detalhes, ele acha que é urgente, tem que marcar uma conversa entre o senhor, o Romero e ele. E pode ser aqui... Só não pode ser na casa dele, porque entra muita gente. Onde o se nhor acha melhor?
Sarney - Aqui.
Machado - É. O senhor diz a hora, que qualquer hora ele está disponível, quando puder avisar o Romero, eu venho também. Ele [Renan] ficou muito preocupado. O sr. viu o que o [blog do] Camarotti botou ontem?
Sarney - Não.
Machado - Alguém que vazou, provavelmente grande aliado dele, diz que na reunião com o PSDB ele teria dito que está com medo de ser preso, podia ser preso a qualquer momento.
Sarney - Ele?
Machado - Ele, Renan. E o Camarotti botou. Na semana passada, não sei se o senhor viu, numa quinta ou sexta, um jornalista aí, que tem certa repercussão na área política, colocou que o Renan tinha saído às pressas daqui com medo dessa condição, delações, e que estavam sendo montadas quatro operações da Polícia Federal, duas no Nordeste e duas aqui. E que o Teori estava de plantão... Desculpe, presidente, não foi quinta não. Foi sábado ou domingo. E que o Teori estava de plantão com toda sua equipe lá no Ministério e que isso significaria uma operação... Isso foi uma... operação que iria acontecer em dois Estados do Nordeste e dois no sul. Presidente, ou bota um basta nisso... O Moro falando besteira, o outro falando isso. [inaudível] 'Renan, tu tem trinta dias que a bola está perto de você, está quase no seu colo'. Vamos fazer uma estratégia de aproveitar porque acabou. A gente pode tentar, como o Brasil sempre conseguiu, uma solução não sangrenta. Mas se passar do tempo ela vai ser sangrenta. Porque o Lula, por mais fraco que esteja, ele ainda tem... E um longo processo de impeachment é uma loucura. E ela perdeu toda... [...] Como é que a presidente, numa crise desse tamanho, a presidente está sem um ministro da Justiça? E não tem um plano B, uma alternativa. Esse governo acabou, acabou, acabou. Agora, se a gente não agir... Outra coisa que é importante para a gente, e eu tenho a informação, é que para o PSDB a água bateu aqui também. Eles sabem que são a próxima bola da vez.
Sarney - Eles sabem que eles não vão se safar.
Machado - E não tinham essa consciência. Eles achavam que iam botar tudo mundo de bandeja... Então é o momento dela para se tentar conseguir uma solução a la Brasil, como a gente sempre conseguiu, das crises. E o senhor é um mestre pra isso. Desses aí o senhor é o que tem a melhor cabeça. Tem que construir uma solução. Michel tem que ir para um governo grande, de salvação nacional, de integração e etc etc etc.
Sarney - Nem Michel eles queriam, eles querem, a oposição. Aceitam o parlamentarismo. Nem Michel eles queriam. Depois de uma conversa do Renan muito longa com eles, eles admitiram, diante de certas condições.
Machado - Não tem outa alternativa. Eles vão ser os próximos. Presidente: não há quem resista a Odebrecht.
Sarney - Mas para ver como é que o pessoal..
Machado - Tá todo mundo se cagando, presidente. Todo mundo se cagando. Então ou a gente age rápido. O erro da presidente foi deixar essa coisa andar. Essa coisa andou muito. Aí vai toda a classe política para o saco. Não pode ter eleição agora.
Sarney - Mas não se movimente nada, de fazer, nada, para não se lembrarem...
Machado - É, eu preciso ter uma garantia
Sarney - Não pensar com aquela coisa apress... O tempo é a seu favor. Aquele negócio que você disse ontem é muito procedente. Não deixar você voltar para lá [Curitiba]
Machado - Só isso que eu quero, não quero outra coisa.
Sarney - Agora, não fala isso.
Machado - Vou dizer pro senhor uma coisa. Esse cara, esse Janot que é mau caráter, ele disse, está tentando seduzir meus advogados, de eu falar. Ou se não falar, vai botar para baixo. Essa é a ameaça, presidente. Então tem que encontrar uma... Esse cara é muito mau caráter. E a crise, o tempo é a nosso favor.
Sarney - O tempo é a nosso favor.
Machado - Por causa da crise, se a gente souber administrar. Nosso amigo, soube ontem, teve reunião com 50 pessoas, não é assim que vai resolver crise política. Hoje, presidente, se estivéssemos só nos três com ele, dizia as coisas a ele. Porque não é se reunindo 50 pessoas, chamar ministros.. Porque a saída que tem, presidente, é essa que o senhor falou é isso, só tem essa, parlamentarismo. Assegurando a ela e o Lula que não vão ser... Ninguém vai fazer caça a nada. Fazer um grande acordo com o Supremo, etc, e fazer, a bala de Caxias, para o país não explodir. E todo mundo fazer acordo porque está todo mundo se fodendo, não sobra ninguém. Agora, isso tem que ser feito rápido. Porque senão esse pessoal toma o poder... Essa cagada do Ministério Público de São Paulo nos ajudou muito.
Sarney - Muito.
Machado - Muito, muito, muito. Porque bota mais gente, que começa a entender... O [colunista da Folha] Janio de Freitas já está na oposição, radicalmente, já está falando até em Operação Bandeirante. A coisa começou... O Moro começou a levar umas porradas, não sei o quê. A gente tem que aproveitar ess... Aquele negócio do crime do político [de inação]: nós temos 30 dias, presidente, para nós administrarmos. Depois de 30 dias, alguém vai administrar, mas não será mais nós. O nosso amigo tem 30 dias. Ele tem sorte. Com o medo do PSDB, acabou com el,e no colo dele, uma chance de poder ser ator desse processo. E o senhor, presidente, o senhor tem que entrar com a inteligência que não tem. E experiência que não tem. Como é que você faz reunião com o Lula com 50 pessoas, como é que vai querer resolver crise, que vaza tudo...
Sarney - Eu ontem disse a um deles que veio aqui: 'Eu disse, Olhe, esqueçam qualquer solução convencional. Esqueçam!'.
Machado - Não existe, presidente.
Sarney - 'Esqueçam, esqueçam!'
Machado - Eu soube que o senhor teve uma conversa com o Michel.
Sarney - Eu tive. Ele está consciente disso. Pelo menos não é ele que...
Machado - Temos que fazer um governo, presidente, de união nacional.
Sarney - Sim, tudo isso está na cabeça dele, tudo isso ele já sabe, tudo isso ele já sabe. Agora, nós temos é que fazer o nosso negócio e ver como é que está o teu advogado, até onde eles falando com ele em delação premiada.
Machado - Não estão falando.
Sarney - Até falando isso para saber até onde ele vai, onde é mentira e onde é valorização dele.
Machado - Não é valoriz... Essa história é verdadeira, e não é o advogado querendo, e não é diretamente. É [a PGR] dizendo como uma oportunidade, porque 'como não encontrou nada...' É nessa.
Sarney - Sim, mas nós temos é que conseguir isso. Sem meter advogado no meio.
Machado - Não, advogado não pode participar disso, eu nem quero conversa com advogado. Eu não quero advogado nesse momento, não quero advogado nessa conversa.
Sarney - Sem meter advogado, sem meter advogado, sem meter advogado.
Machado - De jeito nenhum. Advogado é perigoso.
Sarney - É, ele quer ganhar...
Machado - Ele quer ganhar e é perigoso. Presidente, não são confiáveis, presidente, você tá doido? Eu acho que o senhor podia convidar, marcar a hora que o senhor quer, e o senhor convidava o Renan e Romero e me diz a hora que eu venho. Qual a hora que o senhor acha melhor para o senhor?
Sarney - Eu vou falar, já liguei para o Renan, ele estava deitado.
Machado - Não, ele estava acordado, acabei de sair de lá agora.
Sarney - Ele ligou para mim de lá, depois que tinha acordado, e disse que ele vinha aqui. Disse que vinha aqui.
Machado - Ele disse para o senhor marcar a hora que quiser. Então como faz, o senhor combina e me avisa?
Sarney - Eu combino e aviso.
[...]
Machado - O Moreira [Franco] está achando o quê?
Sarney - O Moreira também tá achando que está tudo perdido, agora, não tem gente com densidade para... [inaudível]
Machado - Presidente, só tem o senhor, presidente. Que já viveu muito. Que tem inteligência. Não pode ser mais oba-oba, não pode ser mais conversa de bar. Tem que ser conversa de Estado-Maior. Estado-Maior analisando. E não pode ser um [...] que não resolve. Você tem que criar o núcleo duro, resolver no núcleo duro e depois ir espalhando e ter a soluç... Agora, foi nos dada a chave, que é o medo da oposição.
Sarney - É, nós estamos... Duas coisas estão correndo paralelo. Uma é essa que nos interessa. E outra é essa outra que nós não temos a chave de dirigir. Essa outra é muito maior. Então eu quero ver se eu... Se essa chave... A gente tendo...
Machado - Eu vou tentar saber, falar com meu irmão se ele sabe quando é que ela volta.
Sarney - E veja com o advogado a situação. A situação onde é que eles estão mexendo para baixar o processo.
Machado - Baixar o processo, são duas coisas [suspeitas]: como essas duas coisas, Ricardo, que não tem nada a ver com Renan, e os 500, que não tem nada a ver com o Renan, eles querem me apartar do Renan...
Sarney - Eles quem?
Machado - O Janot e a sua turma. E aí me botar pro Moro, que tem pouco sentido ficar aqui. Com outro objetivo.
Sarney - Aí é mais difícil, porque se eles não encontraram nada, nem no Renan nem no negócio, não há motivo para lhe mandar para o Paraná.
Machado - Ele acha que essas duas coisas são motivo para me investigar no Paraná. Esse é io argumento. Na verdade o que eles querem é outra coisa, o pretexto é esse. Você pede ao [inaudível] para me ligar então?
Sarney - Peço. Na hora que o Renan marcar, eu peço... Vai ser de noite.
Machado - Tá. E o Romero também está aguardando, se o senhor achar conveniente.
Sarney - [sussurrando] Não acho conveniente.
Machado - Não? O senhor que dá o tom.
Sarney - Não acho conveniente. A gente não põe muita gente.
Machado - O senhor é o meu guia.
Sarney - O Amaral Peixoto dizia isso: 'duas pessoas já é reunião. Três é comício'.
Machado - [rindo]
Sarney - Então três pessoas já é comício.
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